Corinthians se aproxima de esticar pagamento da Arena de 12 para 20 anos
O Corinthians tem tratativas adiantadas com a Caixa Econômica Federal para que o pagamento da Arena ganhe um novo formato. Em reunião com o banco na quinta-feira, ficou mais próxima a aprovação do plano de negócio que muda o prazo total de 12 para quase 20 anos.
Liderada pelo diretor financeiro Emerson Piovesan, a negociação visa diminuir o valor da parcela mensal que atualmente é de R$ 5,7 milhões para algo em torno de R$ 3 milhões.
A Caixa, há cerca de sete meses, aprovou a suspensão dos pagamentos feitos pelo Corinthians para que fosse feita essa nova discussão. No período, apenas juros têm sido pagos ao banco, uma parcela de aproximadamente R$ 2 milhões/mês.
Há outra informação importante que Emerson esclarece à reportagem. Segundo ele, não existe mais discussão em torno de uma carência dos pagamentos, como o Corinthians solicitou há mais de um ano. A ideia era obter o mesmo prazo para o início de pagamentos dado a outros estádios da Copa do Mundo, mas a Caixa e o clube optaram por diminuir o valor da parcela e esticar a conclusão da quitação do financiamento.
"Ainda não está aprovado", conta Emerson Piovesan. "Estamos em negociação e dentro dela existe a possibilidade de aumentar o prazo. Tivemos reuniões bastante técnicas. A Caixa está sensível às nossas solicitações, mas há também outros órgãos envolvidos", explicou.
O diretor financeiro do clube negou que o Corinthians tenha solicitado parte da bilheteria da Arena nesse novo acordo. Atualmente, toda a receita com jogos realizados em Itaquera é usada para abater os pagamentos. "Não é verdade, a receita está toda voltada ao pagamento da Arena. Dentro do futuro, que não sabemos quando, metade das sobras dos recursos da bilheteria voltam para o clube no fim do exercício, como já estava previsto", detalhou.
Emerson Piovesan também explicou que o Corinthians trata para ter mais autonomia na negociação de propriedades comerciais da Arena, como por exemplo em relação aos camarotes do estádio.
"Um dos pontos mais importantes é o contrato de comercialização de propriedades da Arena. Hoje, isso é todo amarrado, e estamos tentando mudar. É um dos pontos relevantes e faz parte dessa análise. Para eu fazer mudar o valor da venda de um camarote, por exemplo, eu tenho que passar pela aprovação da Caixa, porque ela tem como garantia essas receitas. Quero que o Corinthians tenha mais liberdade para fazer isso", disse.
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