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Demissão por telefone e imagem arranhada: a mágoa de Oswaldo no Corinthians

Dassler Marques e Ricardo Perrone

Do UOL, em São Paulo

16/12/2016 06h00

A breve terceira passagem de Oswaldo de Oliveira pelo Corinthians não terminou bem para nenhuma das partes. Principalmente para o treinador, que foi informado da demissão na manhã de quinta-feira em contato telefônico feito pelo gerente de futebol Alessandro Nunes.

Na conversa ao telefone, assim como já havia feito em reunião presencial com os dirigentes na quarta-feira, em São Paulo, Oswaldo argumentou que não considerava justo ser avaliado pelo trabalho feito nos últimos dois meses. O treinador acreditava que, no próximo ano, com a chegada de reforços e pré-temporada, poderia impor sua metodologia de melhor maneira. Por ora, apenas havia tentado auxiliar o clube a se recuperar e alcançar a Copa Libertadores.

Na avaliação de Oswaldo, a demissão do Corinthians prejudica também sua sequência profissional. O treinador acredita que, ao ser demitido no momento em que quase todas as equipes já têm comandante para 2017, fatalmente começará o próximo ano desempregado.

Esse é o motivo principal para não ter abdicado de receber a multa rescisória prevista no acordo que tinha assinado até o fim da temporada que vem. Os valores são equivalentes a dois meses de salários de Oswaldo - portanto, aproximadamente R$ 800 mil ao todo.

Na última sexta-feira, Oswaldo havia afirmado de maneira categórica que tinha garantias para seguir no Corinthians ano que vem. O treinador se encontrava envolvido no planejamento para 2017, a ponto de adiar sua viagem de férias para permanecer em contato com a diretoria na viabilização de reforços. Nesta sexta, ele deve embarcar para aproveitar o período de descanso de fim de ano.

Ainda que a direção do Corinthians não admita publicamente, a troca de treinador interfere no planejamento para o próximo ano. Oswaldo tinha voz ativa na discussão por reforços e havia aprovado alguns deles, como os volantes Rithelly, do Sport, e Alan Santos, do Coritiba.

Guto Ferreira é o candidato para substituir Oswaldo

O treinador do Bahia é o primeiro nome da lista do Corinthians para o ano que vem. Contatos já foram realizados entre as partes, e a contratação de Guto Ferreira é considerada difícil em razão de seu vínculo vigente com a equipe atual.