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Líder da oposição do Palmeiras responde críticas de Paulo Nobre

Site Oficial/Palmeiras
Imagem: Site Oficial/Palmeiras

Do UOL, em São Paulo

16/12/2016 15h18

Wlademir Pescarmona, líder da oposição do Palmeiras, não gostou das palavras do agora ex-presidente Paulo Nobre sobre a oposição alviverde. 

Depois de ler a entrevista, o conselheiro vitalício e ex-candidato à presidência palmeirense enviou uma carta ao UOL Esporte para rebater as declarações e justificar a sua atuação na política.  

Nobre reclamou da atuação da oposição sem citar nomes. ""Quando no momento difícil precisávamos de união, infelizmente muitas pessoas torceram contra. Isso para mim é inadmissível. Como alguém pode torcer contra o próprio clube? Isso me dá asco. Apesar de ser um grande otimista, não vejo uma paz política. Vejo meia-dúzia que gritava muito sem a menor consistência. Tentaram fazer uma oposição sem a menor inteligência; eles foram extremamente predadores ao clube".

Paulo Nobre ainda voltou a citar o que já é conhecido no Palmeiras: a torcida da oposição contra o time. Além disso, revelou que os oposicionistas pensaram em lançar uma chapa de última hora para a eleição deste ano.

"Estávamos no mar precisando de uma boia e aquela meia-dúzia era uma bigorna. Todos os insatisfeitos se juntaram numa berraria. Mas os cães ladram e a caravana passa. Quase não fazia sentido ter um candidato contra o Maurício, meu braço-direito, uma pessoa que tem todos os méritos de conseguir militar bem. Eles tentaram até a última hora lançar uma chapa!", finalizou.

Confira a resposta de Wlademir Pescarmona encaminhada ao UOL:

Como oposicionista e candidato adversário ao ex-presidente Paulo Nobre, não posso deixar de refutar sua infeliz entrevista ao UOL.

Fizemos permanente e dura oposição à sua administração, não só contra erros seguidos de gestão como, acima de tudo, pela sua vaidade infantil colocada sempre acima do Palmeiras.

Não houve uma reunião sequer do Conselho Deliberativo do clube onde a oposição não o tenha criticado, ficando sem resposta na grande maioria das vezes. Foi assim no desastroso caso Barcos, nos R$ 5 mil de Kardec, no volume exagerado de contratações injustificadas como Leandro Almeida, Rodrigo, Girotto, Régis, João Paulo, Fellype Gabriel e outras. Nunca deixou de haver um conselheiro de oposição a apontar erros, fornecendo sugestões construtivas.

A oposição esteve com o ex-presidente por mais de 20 vezes, numa delas realizando longa exposição por meio visual documentado, sem que ele seguisse nada do sugerido. Mesmo seus assessores mais próximos reclamam de que ele não ouve ninguém, é personalista e dono da verdade.

Eu mesmo, fiz longa cobrança de mais de 10 pontos em reunião do CD, sem que tivesse respostas precisas e objetivas. As sugestões foram desprezadas. O que a oposição NÃO FEZ foi trazer para fora essas discussões colaborando com um ambiente melhor para a conquista do título.

Mas dessa vez, ele excedeu os limites da vaidade e imaturidade. Não percebeu a oposição porque vive no espelho. E Narciso acha feio o que não é espelho.

O motivo da sua reação foi o fato de a oposição tê-lo ignorado no processo de sucessão e reconhecido que o novo presidente é melhor do que ele.

Ele quer impedir que Galiotte trabalhe ouvindo a oposição. Quer coagir o novo presidente. Outro motivo se dá por conta de mesmo aliados antigos o estarem criticando no COF, em todas reuniões, por gastos exagerados que a imprensa desconhece. E ex-aliados trazerem novas figuras para ocupar o lugar de mecenas que o ex-presidente ocupava.

Várias questões seguem sem resposta. Numa demonstração de personalismo colocou fotografia em galeria reservada a jogadores marcantes em nossa história.
O ex-presidente vai sair da galeria e entrar na história. Pela porta dos fundos. Rumo a pouca importância de sua vida anterior. Ficou conhecido só por conta do Palmeiras.

Vai se levantar da cadeira gloriosa que ocupou e, com a ajuda dos sócios, nunca mais se sentará nela.