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Ídolo do Barça, Evaristo de Macedo quer que Neymar bata seu recorde

Ex-jogador atuou nos maiores rivais espanhóis - Vinicius Castro/ UOL Esporte
Ex-jogador atuou nos maiores rivais espanhóis Imagem: Vinicius Castro/ UOL Esporte

Do UOL, em São Paulo

18/12/2016 13h03

Ídolo do Barcelona nos anos 1950 e 1960, o ex-jogador Evaristo de Macedo deseja que Neymar quebre um recorde que ele estabeleceu ao jogar na Espanha entre 1957 e 1962. Aos 83 anos, Evaristo disse, na última sexta-feira (18), torcer que atual camisa 11 do time catalão supere seus 178 gols pelo clube, um recorde entre os jogadores brasileiros.

“A última vez que eu estive lá (em Barcelona), eu estive não só com ele, mas com todos os brasileiros. A gente brincou muito, porque eu sou o maior artilheiro brasileiro do Barcelona, mas eu acho, até pela qualidade dele, por ser muito jovem ainda, e porque hoje os times europeus jogam muito mais vezes que nós jogávamos, então a possibilidade dele me passar é muito grande. Estou olhando isso com muito carinho”, afirmou, em entrevista ao programa Redação SporTV. “ Gosto muito dele. Está na hora de outra pessoa assumir essa posição, outro brasileiro.”

Em 158 partidas pelo Barcelona, Neymar soma 91 gols. Aos 24 anos, o atacante assinou sua renovação com o clube catalão até 2021 nesta temporada e, se mantiver a média dos primeiros anos na Espanha, não terá problemas para superar a marca de Evaristo, que leva em conta gols em partidas oficiais e festivas.

Apesar de toda história que escreveu no Barcelona, Evaristo também é querido no rival Real Madrid. Isso porque ele trocou de clubes na Espanha em 1962, uma decisão que ele não gostaria de ter precisado tomar.

“É muito difícil que você seja respeitado nos dois lados, porque a rivalidade é muito grande. Sou da associação de veteranos do Barça e do Real e sou muito respeitado. Por que eu saí? Porque o Barça, querendo se igualar ao Real, queria que eu me naturalizasse para trazer outros estrangeiros. E eu não quis. O Real Madrid foi, me fez uma proposta que eu não precisava me naturalizar. Eu acho eu foi vantajoso em termos financeiros, mas esportivos não, por eu estava muito bem no Barcelona”, lembrou. “Até hoje, eu visito muito mais Barcelona do que Madri.”