Roger explica "pega pega" de Geninho e diz que foi esquecido no Corinthians
O lateral esquerdo Roger queria apenas diminuir o espaço do meia D'Alessandro, do River Plate, na noite do dia 14 de maio de 2003. O jogador do Corinthians, entretanto, acabou marcado pelo lance ocorrido na linha lateral do Morumbi. Expulso de campo após uma falta no argentino, o atleta foi eleito, ao lado do técnico Geninho, o vilão da eliminação corintiana na Libertadores daquele ano.
Explica-se: o treinador do Corinthians na ocasião, a metros do lance capital, usou as palavras "pega pega" à beira do campo. Foi a senha para uma enxurrada de críticas a ambos. Treze anos depois, Roger, que defenderá o Rio Verde, de Goiás, em 2017, falou sobre o lance polêmico diante do River Plate. Além de se defender, o lateral saiu em defesa de Geninho.
"Ficou marcado isso porque tinha microfone no banco de reservas. Na linguagem futebolística, a gente sabe que o "pega pega" é para fazer uma marcação mais forte e não é para chutar o cara. Ficou muito marcado aquilo porque a imprensa jogou aquilo", disse Roger em entrevista ao UOL Esporte.
"Não foi culpa do Geninho. Era para diminuir a marcação e eu cheguei atrasado na bola. E nem chutei, eu dei um biquinho nele (D'Alessandro). Eu acho que era uma falta para amarelo", continuou o lateral, que substituiu o titular Kléber naquele confronto - o titular também foi expulso no jogo de ida, em Buenos Aires.
Sem chances no time
Roger, que à época estava prestes a completar 21 anos, foi, de acordo com ele, esquecido pela comissão técnica do Corinthians.
"Depois dali, eles meio que me fritaram, me botaram na geladeira e aí eu não tive mais oportunidades. Eles jogavam toda a culpa naquele episódio. Eu lembro que uma época nem coletivo eu fazia. Treinava atrás do gol, ficava fazendo fundamento", relembrou.
Em 2004, sem espaço na equipe. Roger acabou emprestado ao Flamengo. No Rio, o lateral conseguiu se destacar - durante o empréstimo de um ano, ele marcou 11 gols em 63 jogos.
"Foi o Júnior que me deu essa oportunidade (em 2003, o ex-jogador treinou o Corinthians). Eu sou muito grato. Se não fosse esse convite, acho que a minha carreira não tinha despontado. No Flamengo, ele era diretor. Só que ele me viu no Corinthians", disse.
Em 2005, Roger voltou ao Corinthians e logo foi emprestado ao Celta de Vigo. De volta ao clube paulista no segundo semestre, no entanto, ele preferiu rescindir o contrato.
"Eu queria ter ficado no Flamengo, mas voltei para o Corinthians. Depois soube que eu não seria a primeira opção e aceitei ir para o Celta de Vigo emprestado. Mas voltei para o Corinthians e soube que não iria jogar novamente. Então eu pedi para rescindir contrato porque sempre que eu saí do Corinthians eu joguei", explicou.
"Eu queria ter a oportunidade de ser titular no Corinthians. Eu queria que eles me dessem 10 jogos. Eu não tive essa sequência de jogos. Eu saí chateado porque eu não tive oportunidade de mostrar mesmo o meu futebol", disse o jogador, que acertou com o Juventude antes de ser contratado pelo Legia Varsovia, da Polônia.
"Futebol é oportunidade e momento, as oportunidades no futebol são muitas, mas nunca são iguais. Eu cheguei na Polônia em 2006 e Legia Varsovia foi o único clube que eu joguei lá"
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