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CT entra na lista de prioridades e Inter para 2017: "Temos um déficit"

"Cidade do Inter" (foto) deve avançar, mas clube prevê reforma no Parque Gigante - Divulgação Inter
'Cidade do Inter' (foto) deve avançar, mas clube prevê reforma no Parque Gigante Imagem: Divulgação Inter

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

19/12/2016 06h00

A grande meta do Internacional para 2017 é óbvia: voltar à Série A do Brasileirão. Mas junto ao desempenho no campo, o clube afirma que irá se esforçar para atender uma demanda antiga. A ideia é melhorar a estrutura de treinos no dia a dia. Primeiro com intervenções no atual CT Parque Gigante. Depois, com avanço nas obras da chamada ‘Cidade do Inter’.

Desde 2012, o Inter utiliza parte de sua sede social às margens do Guaíba para acomodar o vestiário profissional e manter a rotina do dia a dia.

O local recebeu as instalações do departamento de futebol em caráter provisório, após o fechamento do estádio Beira-Rio para reformas, e foi sendo adaptado ao longo dos anos. Com incremento de academia, salas para reuniões, comissão técnica e refeitório.

“O Inter tem um déficit em relação aos outros grandes clubes brasileiros: o seu CT. Vamos trabalhar fortemente para implementar o CT em Guaíba. A realidade atual exige intervenção rápida para melhoria de atendimento aos atletas. Estamos montando projetos de execução rápida para melhorar o dia a dia do clube”, disse Alexandre Chaves Barcelos, vice presidente do Inter, à Rádio Guaíba.

O prédio que abriga o vestiário e a academia é o mesmo onde estão as piscinas térmicas da área social do Beira-Rio. O espaço onde foi construído o refeitório antigamente era um dos bares que atendia o público em dias de jogos no estádio. O acesso, sem asfalto, gera frequentes reclamações quando chove. Assim como os espaços, apontados como acanhados.

Ao lado do QG, duas quadras de tênis completam o trajeto até o gramado. Churrasqueiras cedidas ao público até 2012 foram desativadas, bem como quiosques que circundavam o local.

Os campos são apontados como o ponto alto do CT. A grama e as dimensões agradam. Mas a exposição a intempéries, como fortes ventos e alagamento em reflexo da elevação do lago Guaíba, preocupam. Assim como a impossibilidade de isolar os atletas do público.

O acostamento da Avenida Edvaldo Pereira Paiva, que corta o estádio Beira-Rio e o CT, fica acima do nível dos gramados. Mesmo com grade e seguranças, torcedores e curiosos conseguem acompanhar as atividades. O local virou ponto de protestos ao longo de 2016, inclusive com incidente de um homem armado coagindo outros transeuntes.

CT em Guaíba é sonho antigo

Em 2014, o Inter inaugurou a pedra fundamental de um novo centro de treinamentos. Chamado de ‘Cidade do Inter’, o projeto prevê 12 campos de futebol (10 com grama natural e dois com gramado sintético), estádio com capacidade para cinco mil pessoas e alojamento para 210 atletas.

Além do lado esportivo, a ideia do clube é aproveitar os 75 hectares obtidos em Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre, para erguer zona residencial e comercial. A sessão onerosa foi seguida de obtenção de licenças ambientais e refinamento no anteprojeto. No final de 2015, o Inter chegou a negociar parceria com uma empresa chinesa para montar as estruturas. O assunto não evoluiu.

O plano final é conectar o estádio Beira-Rio a ‘Cidade do Inter’ com uma balsa. E o atual CT, colado ao Parque Gigante, serviria de atracadouro.