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Executivo vê status do Inter na Série B e logística como desafios para 2017

Jorge Macedo deixou o Inter em fevereiro e voltou após eleição de nova diretoria - Ricardo Duarte/Divulgação SC Inter
Jorge Macedo deixou o Inter em fevereiro e voltou após eleição de nova diretoria Imagem: Ricardo Duarte/Divulgação SC Inter

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

26/12/2016 06h00

Jorge Macedo está de volta ao Internacional e com maior autonomia. O diretor executivo, que deixou o Beira-Rio em uma função com menor poder de decisão, é uma das apostas do clube gaúcho para recuperar seus jogadores, organização e, por fim, futebol. Ele vê a logística para a disputa da Série B do Brasileirão e o status do Colorado como desafios.

“Vamos entrar como o grande alvo, todos vão jogar final de Copa do Mundo contra o Inter”, disse Macedo ao UOL Esporte.

Em fevereiro de 2016, Jorge Macedo deixou o estádio Beira-Rio e foi para o Fluminense. Trocou o cargo de gerente de futebol pela vaga de diretor executivo. O retorno a Porto Alegre é justamente nesta nova função. Com maior poder de decisão nos processos.

“Claro que há uma diferença, uma autonomia e poder de decisão em algumas situações, mas eu venho com um trabalho muito ligado ao do Roberto Melo (vice-presidente de futebol). A ideia é unificar o futebol do Inter em tudo, de ponta a ponta”, comentou.

Confira a entrevista completa com Jorge Macedo:

UOL Esporte: Você volta ao Inter com uma função diferente, maior autonomia. Como será este processo?

Jorge Macedo: Claro que há uma diferença, uma autonomia e poder de decisão em algumas situações, mas eu venho com um trabalho muito ligado ao do Roberto Melo (vice-presidente de futebol). Ele decide, mas a gente ajuda na organização e planejamento do futebol. Integração com a base, algo que se perdeu um pouco nos últimos anos. Vamos montando uma equipe. Diego Cabreira (diretor geral das categorias de base), Mauricio Dulac (analista de desempenho) voltaram. A ideia é unificar o futebol do Inter em tudo, de ponta a ponta. Estamos alinhados e trabalhando forte para executar isso. Paralelo a isso, vamos dar um suporte para o planejamento da área técnica, gestão e financeiro.

O Inter, ao contrário de outros clubes brasileiros, caiu sem ter um sucateamento do clube. Teve problemas técnicos. Isso ajuda vocês, o clube tem estrutura para investir?

Claro, tem isso. A gente sabe que vamos ter dificuldades, mas é um momento de avaliação. Ver o que deu certo e o que deu errado. Vamos ter remodelar setores, processos. Coisas que estão aí há 10, 12 anos. Mas realmente, nós temos condições de montar um time de Série A. Vamos entrar como o grande alvo, todos vão jogar final de Copa do Mundo contra o Inter.

UOL Esporte: O fato de o Internacional ser o alvo afeta a prospecção de reforços?

Jorge Macedo: Sim, isso é verdade. É preciso ter um elenco forte, preparado. O campeonato vai exigir investimento grande em logística, pelas viagens longas e desgastantes. A gente sabe, temos que montar um elenco que consiga dar suporte ao ano. Ainda vamos ter outros campeonatos, é preciso ter elenco homogêneo. É preciso ter titulares, opções e alternativas do sub-23.

Como fazer para mudar o elenco diante dos contratos longos?

Tem que ter muita criatividade. Precisamos primeiro fazer avaliação com comissão técnica, identificar quem pode ficar. Tem gente que possui qualidade, pode ajudar, mas pelo processo da equipe não foi bem. Não rendeu. E aí é preciso fazer avaliação e ter criatividade para cometer o mínimo de erro possível. Entrar no desespero pode aumentar o risco.

Mercado sul-americano é alternativa diante dos parâmetros nacionais?

O mercado sul-americano é boa opção, mas nós já temos quatro estrangeiros. Só temos uma vaga, então. Mas o mercado nacional, brasileiros que estão fora e podem voltar.

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