Jornal revela documento no qual Anac boliviana autorizou voo da Chape
O jornal boliviano El Deber publicou nesta quinta-feira um documento que mostra que o voo da Lamia que levava a delegação da Chapecoense para Medellín teve sua decolagem do aeroporto de Viru Viru em Santa Cruz de la Sierra autorizado pela Direção Geral da Aeronáutica Civil da Bolívia (DGAC).
O documento com o carimbo da agência em La Paz e assinado pelo engenheiro Christian M. Durán León é datado de 25 de novembro, três dias antes do acidente.
A autorização dava luz verde para operações do avião Cp-2933 AVRO-RJ85 entre 27 e 29 de novembro. O documento traz o nome dos pilotos Miguel Alejandro Quiroga Murakami e Marco Antonio Rocha Venegas e autoriza que o peso transportado seja de 41.800 quilos.
Entretanto, isso não quer dizer, que o plano de voo também tenha sido aprovado pela DGAC, uma vez que ele foi feito apenas momentos antes da decolagem.
A ordem divulgada pelo jornal assinala apenas as rotas solicitadas pela empresa e os possíveis destinos da aeronave desde os aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro, Foz do Iguaçu, Chapecó, Bogotá e Medellín.
Em nenhum momento aparece o nome da cidade boliviana de Cobija, onde supostamente deveria haver uma parada para reabastecimento.
O documento se encontra já com a Polícia Federal do Brasil e confirmaria a tese sustentada por Celia Castedo Monasterio, técnica da AASANA (Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea), de que ela não tinha poder para impedir a decolagem do voo mesmo após fazer cinco observações sobre irregularidades no plano de voo.
Celia está refugiada no Brasil e revelou que recebeu ameaças de morte desde a queda do avião e que está sendo acusada injustamente.
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