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Maradona apoia Copa com 48 times e lamenta ausência de Neymar em premiação

Maradona acredita que Copa inchada será importante para centros menos badalados do futebol  - AFP PHOTO / Michael Buholzer
Maradona acredita que Copa inchada será importante para centros menos badalados do futebol Imagem: AFP PHOTO / Michael Buholzer

Do UOL, em São Paulo

09/01/2017 09h50

Diego Armando Maradona aprova a proposta de aumento do número de seleções para a disputa da Copa do Mundo. A Fifa pretende oficializar nesta terça a expansão do Mundial para 48 times, inchaço que teria início na Copa de 2026.

O ex-jogador da seleção argentina entende que a medida renovaria a paixão pelo futebol em centros pouco badalados, dando mais oportunidades a equipes menores.

“Ideia fantástica”, disse Maradona à BBC Sports.

O acordo para ampliação dos participantes da Copa do Mundo deverá ser oficializado na próxima terça-feira (10), também em Zurique. Ainda não foi definido como será feita a divisão das 16 novas vagas entre as federações continentais. Uma possibilidade é que a América do Sul, que tem apenas dez seleções, fique com seis vagas na Copa e com chance de conquistar mais uma na repescagem.

Outra decisão que deverá ser tomada até terça-feira diz respeito ao novo formato de disputa. O presidente da Fifa, Gianni Infantino prefere um formato que tem 16 equipes já pré-classificadas para o grupo de 32 equipes. Outros 32 países disputariam mais 16 vagas em uma espécie de torneio eliminatório. A partir daí, se manteria a fórmula da Copa do mundo atual. Outra possibilidade são 16 grupos de três times, com dois primeiros classificados por chave para o mata-mata, que ganharia mais uma fase.

Apesar do inchaço do torneio, que passará a ter 80 jogos em vez dos atuais 64, a ideia da Fifa é realizar a Copa com a mesma duração atual (32 dias). Se aprovado o formato de 16 grupos, uma seleção que chegar à final disputaria sete jogos, assim como no modelo de 32 times.

Maradona queria Neymar no prêmio Fifa

Maradona entende que Neymar deveria figurar na disputa do melhor jogador do mundo da Fifa. Os escolhidos foram Lionel Messi, Cristiano Ronaldo e Antoine Griezmann. O anúncio do melhor será feito nesta segunda-feira à tarde.

"O Neymar deveria disputar com o Messi e o Cristiano. Para mim, ele deveria estar entre os nomeados", disse Maradona, ao jornal Mundo Deportivo.

Maradona faz as pazes com a Fifa

Durante décadas, Maradona foi ferrenho crítico da Fifa. Mas a postura do ex-camisa 10 mudou. Maradona se aproximou do presidente da entidade, Gianni Infantino. Os dois participaram de amistoso de futebol nesta segunda. O argentino aceitou convite para participar da premiação dos melhores do mundo, na Suíça.

Guardiola e Löw são contra o aumento do Mundial

A expansão da Copa para 48 seleções já foi criticada por personalidades do futebol como Pep Guardiola, técnico do Manchester City, e Joachim Löw, treinador da Alemanha. Uma das preocupações é que o torneio tenha uma queda de nível técnico com a entrada de mais equipes.

O principal defensor do aumento de vagas foi o presidente Gianni Infantino. Há duas explicações para isso: 1) a estimativa da Fifa é de que o crescimento da Copa proporcionará um aumento entre US$ 750 milhões e US$ 1 bilhão nos contratos de televisão do Mundial. 2) Incrementar o número de vagas por continente agrada mais países e portanto membros do Congresso da Fifa, que elegeu Infantino ao cargo e que decidirá se ele continua.

No caso do aumento de renda de televisão, isso significaria que a Fifa subiria em 20% as suas receitas por ciclo de Mundial, que atualmente giram em torno de US$ 5 bilhões. Em relação a agrados políticos, a Conmebol, por exemplo, deve passar a ter 6,5 vagas, isto é, classificaria quase o continente inteiro já que são dez países na região.

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