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Concessionária volta a culpar o Comitê Rio-2016 por problemas no Maracanã

Roberto Oliveira

Do UOL, em São Paulo

10/01/2017 20h09

A Concessionária Maracanã S.A. voltou a culpar o Comitê Organizador Rio-2016 pelos problemas estruturais no Macaranã. Em meio ao imbróglio sobre quem arcará à administração do templo do futebol brasileiro, o consórcio ratificou que não reassumirá a gestão do complexo enquanto o Comitê não se responsabilizar a entregar as instalações nas mesmas condições que recebeu.

O UOL Esporte entrou em contato com o diretor de comunicação do Rio-2016, Mario Andrada, que isentou o Comitê pelas condições atuais do Maracanã. Ele afirmou ter entregue o estádio ao governo do Rio de Janeiro "em condições melhores do que recebemos" e ainda alfinetou os concessionários. 

Em nota divulgada à imprensa nesta terça-feira (10), a Concessionária Maracanã S.A. relembra o acordo do Termo de Autorização de Uso, assinado pelas partes quando o Comitê assumiu a gestão do estádio meses antes do Rio-2016. Além de acusar o atraso na devolução do Maracanã, a concessionária aponta uma série de problemas nas condições estruturais do Mário Filho.

“O complexo deveria ter sido devolvido à concessionária em 30 de outubro de 2016, o que não ocorreu em função de dezenas de não conformidades já relatadas ao Rio-2016 e ao governo do estado. Entre elas estão a falta de laudos que atestem a integridade da cobertura e do gramado, a mudança na numeração das cadeiras, a falta de assentos e de equipamentos de segurança como as catracas eletrônicas, televisões e móveis, além de mais de uma centena de equipamentos como portas e corrimãos quebrados”, diz o principal trecho comunicado.

À reportagem, Mario Andrada rebateu as afirmações do Consórcio. "A gente entregou o Maracanã no dia 4 de novembro melhor que do que recebeu. Pelo que o governo falou, a responsabilidade de manutenção é da concessionária. Quem viu a Cerimônia de Abertura, viu que a gente tratou muito bem o Macaranã, e ele foi entregue muito bem. A gente não tem nenhuma responsabilidade do que está acontecendo agora", declarou.

"O Maracanã está no escuro há duas semanas, não tem nada a ver como a gente, para nós o Maracanã é um templo, uma honra, para outros é um negócio", acrescentou o diretor da Rio-2016. 

Leia na íntegra o comunicado da Concessionária Maracanã S.A.

A Concessionária Maracanã S.A. reitera que em 30 de março de 2016 foi assinado um Termo de Autorização de Uso (TAU) entre o governo do Rio de Janeiro e o Comitê Organizador repassando o estádio e o ginásio do Maracanãzinho ao Rio 2016, incluindo o acervo histórico de exposição que fica no estádio. Este acervo histórico, no entanto, passou para a responsabilidade da Suderj (Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro) em junho de 2016, conforme protocolo anexado, permanecendo assim até o momento.

O Termo de Autorização de Uso é um contrato que disciplina as regras para o chamado período olímpico e prevê que as instalações devem ser entregues exatamente da forma como foram repassadas ao Rio 2016. O complexo deveria ter sido devolvido à concessionária em 30 de outubro de 2016, o que não ocorreu em função de dezenas de não conformidades já relatadas ao Rio 2016 e ao governo do estado. Entre elas estão a falta laudos que atestem a integridade da cobertura e do gramado, a mudança na numeração das cadeiras, a falta de assentos e de equipamentos de segurança como as catracas eletrônicas, televisões e móveis, além de mais de uma centena de equipamentos como portas e corrimãos quebrados.

A concessionária esclarece ainda que, de acordo com o TAU, todas intervenções feitas pelo Rio 2016 para atender às exigências do Comitê Olímpico Internacional não isentam o Comitê da obrigação de fazer a manutenções necessárias ao Maracanã e no Maracanãzinho e entregá-los da forma como receberam em março de 2016.

A concessionária Maracanã S.A reitera que só solicita o cumprimento dos termos do contrato.