Privacidade e muita participação: os primeiros treinos do técnico Ceni

Mesmo com o pouco tempo de trabalho, algumas marcas do trabalho de Rogério Ceni já são evidentes. Uma delas é a privacidade aos treinamentos mais específicos e a limitação de trabalho da imprensa.

Como vem sendo frequente na Florida, são apenas 30 minutos para imagens e olhares dos jornalistas. Ainda assim, é fácil observar algumas características do novo técnico.

Antes do treino, uma conversa por cerca de 20 minutos, à porta fechada, com os jogadores. Já no campo, percebeu que uma das traves estava mal posicionada. Com a ajuda de um funcionário do clube a arrumou. Foi ao meio do gol para ter certeza.

Satisfeito, partiu para o gramado ao lado e iniciou o treinamento. Participativo, grita o tempo todo e mostra, na prática, passo a passo cada atividade pedida. Corre, chuta, passa, tabela.

Cobra os jogadores pela perfeição em cada movimento, sem poupar nem mesmo os mais experientes. Em determinado exercício chegou a chamar a atenção do zagueiro Lugano. Algo normal em um comandante e nada surpreendente para o perfil de Rogério.

Por vários momentos, deixou o auxiliar Michael Beale conduzir a atividade. Ainda misturando o inglês com o português, era constantemente traduzido por Charles Hembert.

O francês auxilia no trabalho de campo, mas com o tempo deve sair da grama para assumir o cargo de supervisor de futebol.

O treino é dinâmico, brigado, disputado, como se fosse um jogo para valer. Rotação de jogadores em uma mesma atividade. Se revezam em troca de passes, finalizações e lances de ataque contra defesa.

Ainda não houve um treino coletivo ou algo que pudesse indicar o time base na cabeça de Rogério Ceni para iniciar a temporada.

Quase todos participaram da atividade. Apenas Cícero, que ainda não tem a documentação regularizada, Cueva, que se apresentou depois dos demais, e Lucas Fernandes, voltando de duas cirurgias, fizeram trabalho separado.

O São Paulo faz um jogo treino contra o Sarasota FC nesta quinta-feira. Quem sabe ali, poderemos começar a ver o que o novo técnico do São Paulo não deixa as câmeras filmarem.