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Remanescente, meia relata reinício da Chape: "Primeiro dia foi difícil"

Atletas da Chapecoense em treinamento em 2017 - Chapecoense/Divulgação
Atletas da Chapecoense em treinamento em 2017 Imagem: Chapecoense/Divulgação

Daniel Fasolin

Colaboração para o UOL, em Chapecó (SC)

12/01/2017 11h46

Um dos remanescentes do grupo de 2016, o meia Neném admitiu a dificuldade de esquecer a tragédia que abalou a Chapecoense na temporada passada. O jogador falou sobre o clima neste início de trabalho na pré-temporada e em como o trabalho psicológico tem sido importante.

“Tenho que confessar que no primeiro dia foi muito difícil. Entrar no vestiário e ver que não encontraria mais meus amigos, é uma dor e um vazio tremendo. Os companheiros aos poucos vão chegando e isso vai te fortalecendo”, disse Neném.

Neném chegou à Chapecoense no fim de 2008 e passou por todas as divisões nacionais com o clube catarinense. Em 2014, Neném tornou-se o primeiro jogador brasileiro a disputar todas as divisões nacionais por um mesmo time.

Foi duas vezes campeão catarinense e ainda enfrentou um rebaixamento para a Série B do estadual. O momento atual, porém, é diferente de tudo o que o jogador já presenciou.

“É difícil depois de tanto tempo no clube passar por uma situação dessa. É uma dor imensa que todos estão vivendo. O clube está se reerguendo. As pessoas, famílias, precisam da gente também, que a gente esteja forte para continuar. Eu não tinha como virar as costas para esse clube neste momento tão difícil“, afirmou.

“O maior desafio é o psicológico, tanto dos que ficaram quanto dos que estão chegando. Quando entrar em campo a concentração vai ter que ser grande. Não vamos poder pensar muito naqueles que se foram, porque pode acabar atrapalhando. Essa reconstrução vai demorar um pouco de tempo e vai precisar de um pouco da paciência de todos”, completou.

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