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Odebrecht vai recorrer de liminar que obriga a reassumir o Maracanã

Maracanã deteriorado e sem condições de receber partidas - REUTERS/Nacho Doce
Maracanã deteriorado e sem condições de receber partidas Imagem: REUTERS/Nacho Doce

Felipe Pereira

Do UOL, em São Paulo

16/01/2017 23h06

A Odebrecht vai recorrer da decisão da Justiça que obrigou a empresa a reassumir o Maracanã, que está sem condições de receber partidas de futebol. A empresa lidera a concessionária que administra o estádio, mas não aceita a devolução porque entende que o contrato de empréstimo para as Olimpíadas não foi cumprido.

A reclamação é que o Comitê Rio 2016 e o governo do Rio de Janeiro deveriam entregar o Maracanã e o Maracanãzinho nas mesmas condições que receberam. A assessoria de imprensa citou uma série de pendências após uma inspeção. O caso mais grave, conforme a empresa, é que a cobertura recebeu peso de 189 toneladas e o projeto previa um limite de 81 toneladas.

Também foi constatada a falta de cadeiras nas arquibancadas, necessidade de recolocar catracas eletrônicas, há publicidade do Comitê espalhada por todo o estádio e fechaduras quebradas. A Odebrecht ainda pede um laudo que ateste que o sistema de drenagem do gramado não foi afetado pelo buraco cavado para a cerimônia de encerramento da paraolimpíada.

No ginásio do Maracanãzinho há um painel de energia danificado por um princípio de incêndio ocorrido durante os Jogos Olímpicos. A imagem mais forte do abandono do estádio é o gramado bastante castigado, mas a assessoria de imprensa informou que a empresa de engenharia relatou que a recuperação é rápida.

A empresa acrescentou que conversou com o governo do Rio de Janeiro e o Comitê Rio 2016 e ouviu de ambos que não há verbas para recuperar o estádio. Mas em avaliação preliminar a Justiça entendeu diferente e a 4ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, determinou que a concessionária Maracanã S.A. reassuma a administração do estádio.

A Odebrecht informou que não foi notificada da liminar. Mas a empresa adiantou que vai recorrer porque considera injusta a decisão.