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Moisés elogia postura de Felipe Melo: "tem o espírito vencedor, aguerrido"

Kin Saito / CBF
Imagem: Kin Saito / CBF

Do UOL, em São Paulo

18/01/2017 14h17

Felipe Melo começou a treinar com o restante do grupo do Palmeiras há menos de uma semana e foi apresentado como jogador do clube há um dia, mas já mostrou a que veio dentro do grupo: é um líder. Quem opina sobre o volante ex-Inter de Milão é o meia Moisés, destaque do clube na conquista do Campeonato Brasileiro de 2016. Para ele, o maior reforço palmeirense já estabeleceu sua marca em pouco tempo de clube. 

"Vejo a chegada do Felipe com extrema importância. Desde que chegou só tenho que falar boas coisas. Ele tem o espírito vencedor dele, aguerrido. Se cobra, cobra os companheiros. Isso também é uma forma de liderança. Todos os jogadores exercem essa função, mas de forma diferente. O jogador Felipe Melo irá nos ajudar bastante porque tem muita experiência e futebol. Só tem a nos ajudar com isso", disse Moisés em entrevista à ESPN Brasil nesta quarta (18).

Moisés falou bastante sobre o tema "liderança" na entrevista, valorizando também o fator experiência dentro do elenco alviverde como algo indispensável para a conquista do título nacional no último ano. Para o novo camisa 10 do Palmeiras, a presença de veteranos no grupo foi essencial para suportar a pressão durante a competição.

"Muitas pessoas acham que estar aqui é só alegria, não tem nenhum problema. Uma dificuldade muito grande foi a conquista do Brasileirão. A pressão que nós carregávamos internamente era muito grande e não é fácil suportá-la. Importante os jogadores mais experientes do grupo, que já tinham vivido isso, caso do Zé Roberto, Dracena. Se você deixa escapar, você é um cavalo paraguaio, ninguém presta. As pessoas acham que é só alegria, mas foi um momento de extrema cautela. Tivemos que ter muito pé no chão para ninguém ser massacrado", lembrou.

O jogador também mostrou otimismo e determinação na entrevista. Moisés aprovou a atuação do Palmeiras no mercado da bola, fazendo menos contratações do que nos últimos anos e reforçando o numeroso elenco para disputar o maior número possível de títulos.

"O Palmeiras está sabendo trabalhar, reformando seu elenco com contratações pontuais. Jogadores de muita qualidade que se enturmaram de uma forma muito boa. Temos grandes objetivos, não vamos menosprezar nenhum campeonato. O Paulista também é uma obsessão nossa", garantiu.

Confira outros tópicos da entrevista

Eduardo Baptista: "A princípio ele começou trabalhando no 4-1-4-1 e não muda muito a forma que a gente vinha jogando. Vamos ter um volante fixo com uma linha de quatro. Dois meias e dois extremos. A princípio vou fazer parte dessa segunda linha de quatro. É uma equipe que tem algumas ideias diferentes do Eduardo e estamos procurando dar nosso melhor nos treinamentos. Ele tem ideias muito boas. Vamos procurar tudo que ele tem pedido para gente ter êxito nos jogos."

Seleção: "Sem dúvida sonho e sonho bastante. Além de sonhar eu busco trabalhar muito para que ele seja realizado. Ano passado fico muito feliz de ter feito um excelente campeonato. Esse sonho vai aumentando e você vai almejando cada dia mais, mas tendo discernimento do seu momento. Não pode atropelar as coisas. Hoje estou vestindo a camisa de um clube que briga por títulos, então tudo aconteceu muito naturalmente na minha vida e não tenho motivos para atropelar coisas. Eu tenho que estar preparado. Se eu for lembrado, vou procurar honrar a camisa da seleção."

Camisa 10: "Na verdade o maior orgulho que sinto é vestir a camisa do Palmeiras, independente do número, mas também sei da responsabilidade de vestir a 10, por ser a camisa de jogadores tão talentosos que a usaram. Ademir, Djalminha, Alex. Dá aquele ânimo a mais, aquela confiança a mais de trabalhar. Você chegar no Palmeiras já é difícil, ser titular nem se fala, e agora ser camisa 10..."

Reconhecimento da torcida: "Isso mudou bastante minha vida. A partir do meio do Brasileiro todo lugar que você passa as pessoas te reconhecem. Pude provar isso muito nas férias. O torcedor palmeirense em todo lugar que eu passava vinha agradecer pelo objetivo alcançado. Isso foi uma emoção muito grande. Eu passei as férias bem tranquilas, mas quando estive em São Paulo, interior e litoral, o torcedor se aproximava, falava que eu fui importante para a conquista. Você só tem que agradecer pelo reconhecimento e continuar trabalhando. Se a gente não repetir as atuações esse ano, daqui dois três meses você não pode sair na rua."