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Coritiba acelera e pretende definir com Ronaldinho após o final de semana

Filippo Monteforte/AFP
Imagem: Filippo Monteforte/AFP

Napoleão de Almeida

Colaboração para o UOL, de Curitiba (PR)

20/01/2017 15h35

Duas reuniões, uma nessa sexta-feira (20) em Foz do Iguaçu e outra em Curitiba na segunda-feira vão definir o futuro da negociação entre Ronaldinho e Coritiba. Em Foz, onde faz pré-temporada, o departamento de futebol do Coxa irá acertar os últimos detalhes, exigências e contrapartidas entre clube e jogador, numa reunião com o presidente Rogério Bacellar, o diretor de relações internacionais – e amigo de Ronaldinho – Juliano Belletti, o gerente de futebol Alex Brasil e o técnico Paulo César Carpegiani.

Em pauta, o desempenho em campo e a planificação do se esperar de Ronaldinho com a camisa coxa-branca. Após esse encontro, Belletti e Bacellar voltarão a Curitiba onde se sentarão na segunda-feira pela manhã com a cúpula alviverde, o chamado G5: o presidente Bacellar e os vice-presidentes José Fernando Macedo, Gilberto Griebeler, Alceni Guerra e Celso Andretta. Nessa reunião, o clube vai avaliar os riscos e possíveis ganhos de se trazer Ronaldinho e pagar a ele o valor mensal pedido mais as bonificações em negociação.

Após a conversa no Rio de Janeiro entre o presidente do Coxa e o irmão e empresário de Ronaldinho, Assis, houve uma contraproposta ao clube paranaense. O Coritiba pretendia remunerar Ronaldinho com base nas ações de marketing, como com percentuais dos aumentos na média de público, sócios, patrocínio e venda de camisas. Já Assis indicou que o melhor caminho era repetir o modelo adotado no Atlético-MG, em que além dessas bonificações, o Galo ainda o pagaria por objetivos atingidos em campo. Com gols, assistências e os títulos Mineiro, da Recopa e da Libertadores, Ronaldinho chegou a levantar em média R$ 900 mil por mês.

Ainda estará na mesa de conversação interna do Coritiba o plano para executar isso. As ideias ainda não estão definidas sobre como executar esse contrato. Sabe-se, por exemplo, que Ronaldinho não é visto como essencial para o Estadual – o meia inclusive deve viajar antes de se juntar ao elenco coxa-branca, caso feche o contrato – mas a própria diretoria, que ainda não fechou os valores para os direitos de transmissão do Paranaense 2017, espera que assinar com Ronaldinho melhore a oferta da TV para o Estadual (hoje, R$ 1,5 milhão para Coritiba e Atlético, que também não fechou).

Procurado pela reportagem, Assis não atendeu aos telefonemas, bem como não o fizeram os diretores do Coritiba. Via assessoria, a única palavra sobre o tema é uma carta do presidente pedindo paciência e discrição no caso: “O vazamento de informações e declarações causaram enorme e indevida expectativa nos torcedores sobre um fato ainda incerto. (...) Qualquer pronunciamento em nome do clube deve acontecer somente com o devido consentimento diretivo e presidencial”, assinou Bacellar.

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