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Representante de clubes europeus critica Copa do Mundo com 48 seleções

Brian Homewood

Da Reuters, em Berna (Suíça)

30/01/2017 19h16

O presidente da Associação de Clubes Europeus, Karl-Heinz Rummenigge, descreveu a Copa do Mundo com 48 seleções de "absurdo", nesta segunda-feira, e alertou a Fifa de que o equilíbrio de poder no esporte estava mudando para os membros de sua associação.

No entanto, Rummenigge, cuja organização representa 220 clubes, minimizou as sugestões de que os clubes poderiam se rebelar contra a entidade que comanda o futebol mundial, recusando-se a liberar os jogadores para partidas e torneios internacionais.

"O aumento de 32 para 48 equipes é realmente absurdo, tínhamos um formato que todo mundo estava feliz com ele", disse Rummenigge a uma audiência na Conferência Spobis, em Düsseldorf (Alemanha).

"No final das contas, há os principais clubes como o Borussia Dortmund e o Bayern de Munique, os grandes clubes espanhóis e ingleses, Paris Saint-Germain, Juventus", disse Rummenigge, que também é dirigente do Bayern.

"Essa é uma mudança de poder que nem a Uefa nem a Fifa podem parar e as coisas mudaram dramaticamente nos últimos anos", acrescentou o ex-atacante da Alemanha Ocidental, que estava dividindo o palco com o presidente-executivo do Borussia Dortmund, Hans-Joachim Watzke. A Fifa decidiu no início deste mês aumentar o tamanho da Copa do Mundo de 32 equipes para 48, a partir de 2026, cumprindo a promessa de campanha de seu presidente, Gianni Infantino, que foi eleito no ano passado.

"Se os grandes clubes se recusassem a permitir que seus jogadores participassem, isso não seria do interesse dos torcedores", disse Rummenigge. "A Fifa precisa se afastar da política e das finanças e prestar mais atenção ao futebol."