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Com vendas de peso, clubes ingleses têm lucro inédito na janela de inverno

Venda de jogadores como Oscar levou à situação sem precedentes - REUTERS/Aly Song
Venda de jogadores como Oscar levou à situação sem precedentes Imagem: REUTERS/Aly Song

Do UOL, em São Paulo

01/02/2017 15h17

Famoso por ser “gastão”, o Campeonato Inglês recebeu mais dinheiro do que desembolsou na janela de transferências de inverno desta temporada, encerrada na terça-feira (31). De acordo com uma análise da Deloitte, apesar de terem investido 215 milhões de libras (R$ 854 milhões) em reforços no período, os clubes ingleses tiveram um saldo positivo de 40 milhões de libras (R$ 159 milhões) no mercado.

O estudo apontou que os gastos dos times da primeira divisão no último mês de janeiro ficaram na segunda posição na história no quesito dinheiro utilizado, perdendo apenas para 2011 e superando as 175 milhões de libras (R$ 695 milhões) de 2016.

O que contrabalanceou o investimento alto foram as vendas de jogadores de nome, como o brasileiro Oscar, o francês Payet e o holandês Memphis Depay, além de negociações com clubes da segunda divisão que renderam 20 milhões de libras (R$ 318 milhões) aos times da elite do futebol inglês.

“Como foi no último ano, são os clubes na metade de baixo da tabela que encabeçaram os gastos em janeiro, investindo nos seus elencos na tentativa de garantir a permanência. Isso não é surpresa devido à dependência dos clubes nos valores gerados pelos acordos de transmissão de TV do Campeonato Inglês”, relatou Dan Jones, sócio do Sports Business Group da empresa responsável pela análise.

Mesmo com o lucro nesta janela, o futebol inglês segue como o que mais gastou dinheiro nesta temporada com ampla vantagem, totalizando 1,4 bilhão (R$ 5,5 bilhões) desde a metade de 2016.

Jones destacou, no entanto, a força chinesa nas últimas semanas, enquanto o futebol do país está em pré-temporada. “Times da Super Liga Chinesa gastaram mais de 150 milhões de libras (R$ 598 milhões) até o momento durante a pré-temporada deles, que começou em novembro de 2016”, destacou, mas fez um porém: “com o anúncio recente da federação chinesa de regulações mais firmes nas transferências de salários a serem implementadas, assim como o limite de estrangeiros, será interessante ver se os clubes chineses igualam esse nível de gastos em futuras pré-temporadas”.