Defensor do Tucumán narra saga do time antes de vitória na Libertadores
O defensor argentino Bruno Bianchi, do Atlético Tucumán, narrou a saga do time na última terça-feira (7) até a entrada no gramado da partida contra o El Nacional em Quito, na Copa Libertadores. Em entrevista ao canal TyC Sports, o jogador falou que a aventura poderia ter acabado em tragédia e disse que acordou sem conseguir pisar no chão por ter utilizado uma chuteira menor do que o tamanho de seu pé.
“Estava tudo em ordem, os papéis, tudo bem, a autorização estava. Do nada, dizem que o avião não pode viajar”, afirmou Bianchi, que lembrou ter ficado horas parado no aeroporto de Guayaquil antes de viajar rumo a Quito.
“Os dirigentes pegaram um voo, tivemos que sair correndo fazer o check-in. Dizíamos que ‘não vamos porque não somos bucha de canhão, estamos mortos’. Mas aí decidimos ir com tudo. Chegamos com o tempo apertado, mas chegamos. No ônibus também foi uma loucura, não pusemos cintos e dissemos ‘seja o que Deus quiser’”, contou. “Poderia terminar tudo em tragédia.”
O avião que trazia o Atlético Tucumán chegou a Quito 13 minutos antes da partida contra o El Nacional. Por conta disso, os atletas sequer pegaram bagagem para se encaminharem ao Estádio Olímpico Atahualpa. Entraram num ônibus que chegou a 130 km/h e, ainda assim, entraram em campo atrasados e com o uniforme da seleção argentina.
“Por sorte chegaram os meninos da seleção (sub-20) com a roupa. Estávamos praticamente sem roupa. Para uns ficaram boas as chuteiras, para outros grandes e outros pequenas. Hoje acordei e não podia nem pisar, porque as que me deram ficaram pequenas”, afirmou.
Apesar de toda tensão, Bianchi disse que o dia que terminou com vitória por 1 a 0 e classificação à próxima fase da Copa Libertadores não será esquecido tão cedo.
“Foi tudo muito louco e incrível porque em determinado momento nos sentíamos já fora, mas olhávamos um para o outro e dizíamos: ‘vamos que chegamos, vamos que ganhamos’. Tem que tirar o chapéu aos meus companheiros. Vamos lembrar disso por toda a vida”, concluiu.
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