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Empolgação com G. Jesus tira "pressão das costas" de Neymar, avalia estafe

Gabriel Jesus comemora com Neymar após marcar um dos gols da goleada por 4 a 0 do Brasil sobre a Dinamarca - NELSON ALMEIDA/AFP
Gabriel Jesus comemora com Neymar após marcar um dos gols da goleada por 4 a 0 do Brasil sobre a Dinamarca Imagem: NELSON ALMEIDA/AFP

Dassler Marques e João Henrique Marques

Do UOL, em São Paulo e Barcelona

09/02/2017 04h00

O sucesso inicial de Gabriel Jesus no Manchester City empolga o estafe de Neymar. O UOL Esporte ouviu de responsáveis pela carreira do atacante brasileiro que a tendência é de que o jogador do Barcelona sinta-se menos pressionado, principalmente, em jogos pela seleção. 

A análise é de que Neymar já se acostumou com a responsabilidade de chefiar a seleção brasileira. No entanto, com o "boom" de Gabriel Jesus, a expectativa é de que o jogador do Manchester City também receba cobrança de bom rendimento parecida. 

A dupla Neymar e Gabriel Jesus está invicta na seleção brasileira. Com a Olímpica foram sete jogos, com quatro vitórias e três empates - e a conquista da medalha de ouro no Rio de Janeiro -. Já pela principal, os dois venceram os seis jogos que disputaram nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018.

Deixando o desempenho no gramado e partindo para o lado midiático, a visão das pessoas próximas ao craque do Barcelona é a de que Neymar não será abalado por Gabriel Jesus. O jogador da equipe catalã é colocado como figura consolidada no mundo do marketing.

Ponto curioso da análise do estafe de Neymar é de que em 2013, na época da transferência do jogador para o Barcelona, a esperança era de que Lucas Moura, do Paris Saint-Germain, pudesse dividir a atenção da mídia e responsabilidades na seleção.

Lucas se transferiu ao PSG meses antes, mas teve adaptação tardia no clube francês. O meia atacante que fez sucesso com Neymar nas categorias de base da seleção - foram campeões Sul-Americanos sub-20 em 2011 - ainda luta por espaço na seleção principal, e ficou de fora até da Copa do Mundo de 2014

O estafe de Neymar é capitaneado pelo pai do jogador. Empresários como André Cury, ligado ao Barcelona, e Wagner Ribeiro, que cuida da carreira do jogador desde a adolescência, além de membros da Nike, a principal patrocinadora, também fazem parte.

 

Entrosamento

O relacionamento entre os atacantes é bom. Durante o período em que conviveram mais tempo juntos, na seleção olímpica, os dois eram figuras inseparáveis, estando juntos até em dia de folga.

Em intensa época de especulação sobre o destino de Gabriel Jesus, Neymar chegou a comentar sobre o desejo de contar com o amigo no Barcelona : "Bom jogador como ele a gente sempre quer do lado. Tenho certeza que ele seria muito feliz por lá", destacou.

Já dentro de campo, Tite consolidou Gabriel Jesus como centroavante com a presença de Neymar. O treinador não gosta do esquema com dois atacantes pelos lados do campo e deixou o jogador do Barcelona com liberdade para atuar atrás de Gabriel Jesus.