PM pede desculpas por tiro que resultou em morte de torcedor do Coritiba
Um dia após matar um torcedor do Coritiba com um tiro no peito, a Polícia Militar do Paraná pediu desculpas pelo ocorrido. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (20), o tenente-coronel Wagner Lúcio dos Santos, comandante do 12º batalhão, explicou o ocorrido e afirmou ser uma tragédia “que assola também a corporação da PM do Paraná”.
“Gostaria de primeiramente pedir desculpas a toda sociedade pelo ocorrido de ontem. É uma grande tragédia que assola não só os familiares e amigos do Leonardo, mas também está assolando toda a corporação da Polícia Militar do Estado do Paraná”, afirmou.
O caso aconteceu antes do horário previsto para o início da partida. O policial fazia a escolta de um grupo de torcedores do Coritiba do lado de fora da Arena da Baixada, em Curitiba, quando começou uma confusão entre PMs e os torcedores.
No meio da briga a arma de um sargento teria disparado acidentalmente e ferido um dos torcedores, que era menor de idade. O jovem foi socorrido pelos PMs e levado para o hospital Hospital Cajuru, no bairro Cristo Rei, onde passou por uma cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
“O sargento contou que foi colocar a submetralhadora na bandoleira, uma espécie de cinta que segura a arma, e percebeu que tinha disparado”, seguiu Lúcio dos Santos.
O tenente-coronel reiterou que, no momento do disparo, não havia nenhum conflito entre policiais e torcedores, e que a presença de uma arma com munição letal era para possíveis ocorrências em outros locais.
“É importante frizar que não havia conflito nenhum. A situação estava tranquila. Só que, muitas vezes, e essa tropa é especializada, é uma tropa de força suplementar, então, eles sempre estão preparados para ocorrências subsequentes, ocorrências de grande vulto. Então eles estavam prontos, caso fosse necessário, para deslocassem para uma outra ocorrência”.
Por fim, Wagner Lúcio dos Santos afirmou que o sargento responsável pelo disparo ficará afastado por 15 dias. “Após seu retorno, caso ele esteja em condições, ele ficará restrito ao serviço administrativo”.
A Polícia Militar abriu nesta segunda-feira (20) um inquérito para investigar o caso. A previsão é que ele seja concluído em no máximo 60 dias úteis.
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