Goleiro Bruno diz sonhar com retorno ao futebol: "é o que almejo para mim"
Soltou na última sexta (24) após conseguir um Habeas Corpus via liminar do Superior Tribunal Federal, o goleiro Bruno falou em entrevista à Rede Globo que sonha em voltar ao futebol após deixar a prisão.
“Independente do tempo que fiquei, se tivesse prisão perpétua no Brasil, não ia trazer a vítima de volta. Paguei e vou recomeçar. Não importa se for no futebol ou em outra área. Que eu vou estar no meio do futebol... é isso que eu almejo para mim", disse Bruno à emissora em pequeno trecho de entrevista divulgado no Jornal Hoje neste sábado (25).
Bruno foi autorizado a aguardar o julgamento de seu recurso em liberdade após mais de seis anos preso de forma preventiva. A decisão do STF fez com que alguns clubes de futebol demonstrassem interesse no ex-jogador do Flamengo.
Time da Série A-3 do Paulistão, o Independente de Limeira é um dos clubes que afirmou estar de portas abertas para receber o goleiro Bruno. "A gente queria o Bruno no final do ano passado. Agora, se ele tiver a intenção de treinar com a gente, as portas estão abertas", disse Anivaldo FilhoAnivaldo na sexta ao UOL, ele é investidor e marido da presidente do clube, Fatima Emilia Mattos dos Anjos.
O caso Bruno
O goleiro Bruno está preso desde 2010, acusado de envolvimento no assassinato de Eliza Samudio. Ele foi condenado em 2013 a 22 anos e 3 meses de prisão, em regime fechado, por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver contra a ex-amante, além de sequestro e cárcere privado do filho que ele teve com Eliza. O jogador recorreu da decisão e estava preso por decisão de primeira instância há quase 7 anos.
O advogado Lúcio Adolfo, responsável pela defesa do ex-atleta, disse que o próprio Bruno tomará a decidirá se quer ou não voltar ao futebol. "Sei que tem propostas de trabalho em alguns times de futebol até para jogar campeonatos estaduais por aí e ele vai tomar o caminho que achar melhor. Ele vai se dedicar, está com 30 anos, tem aí um bom período, se conseguir superar as dificuldades do retorno à vida social", afirmou à rádio Estadão na sexta.
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