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Argentino do Santos se defende e nega ameaça ou agressão física a repórter

Zagueiro Fabián Noguera, do Santos, durante amistoso contra time do Marrocos - Ivan Storti/ Santos FC
Zagueiro Fabián Noguera, do Santos, durante amistoso contra time do Marrocos Imagem: Ivan Storti/ Santos FC

Do UOL, em Santos (SP)

27/02/2017 15h28

O zagueiro argentino Fabián Noguera, do Santos, decidiu nesta segunda-feira (27) enfim se manifestar sobre o episódio ocorrido após o amistoso contra o Kenitra, no Pacaembu, dia 28 de janeiro. Na ocasião, ele foi acusado por um repórter do Globoesporte.com de ameaças e até agressão física por conta de uma crítica feita pelo jornalista: ".

Em nota publicada em seu Twitter, Noguera nega que tenha ameaçado ou agredido fisicamente o repórter: “Houve uma troca verbal. Não houve nenhum tipo de ameaça, muito menos de agressão física. Alguém pode realmente acreditar que em um lugar público com muitas pessoas ao redor, se uma pessoa agride fisicamente outro, não vai ser interceptadas pela segurança, polícia ou qualquer outra pessoa?”.

Em contato com o UOL Esporte, a assessoria de imprensa de Fabian Noguera diz que não tinha conhecimento do texto publicado pelo jogador.

Tudo começou com uma postagem do repórter do Globoesporte.com no Twitter, destacando que Fabián Noguera havia falhado no único gol do time marroquino – o Santos venceu por 5 a 1.

Após o apito final, ao ser informado sobre a crítica, o zagueiro santista foi tirar satisfação com o jornalista em tom de ameaça e, segundo relatos do próprio, segurou-o pela gola da camisa e exigiu que ele lhe informasse os motivos da crítica. Já no domingo, o repórter registrou um boletim de ocorrência.

Fabián Noguera chegou ao Santos na metade de 2016, após passagem pelo Banfield-ARG. Como não jogava há muito tempo, o jogador recebeu um tratamento especial da comissão técnica e do departamento médico e foi estrear só em outubro.

Desde que chegou ao Santos, Fabián Noguera disputou sete jogos oficiais e marcou um gol. Por enquanto, porém, não foi o suficiente para convencer o técnico Dorival Júnior, que o deixou fora da lista inicial de inscritos para o Paulista.

Leia o texto completo publicado por Noguera:

Eu me comunico com vocês novamente algum tempo depois para esclarecer algumas questões que foram ditas contra mim e que me ofende, não só para mim mas também para minha família e gente querida. Até agora eu tinha decidido não mencionar o fato de não dar mais importância e não causar problemas na vida do clube. No entanto eu preciso especificar o que aconteceu em detalhes, para não permitir que mais sujar meu bom nome para livre. No sábado, 28 de janeiro, após o amistoso com Kenitra no Pacaembu, eu me informei que o único comentário negativo do partido tinha sido um jornalista em particular e apontando para mim. Na verdade, não foi a primeira vez que recebi comentários dessa pessoa, muitas vezes maliciosamente. É por isso que quando o jogo finalizou, pedi um momento para falar na zona mista. Ele, quem estava por trás da cerca, passou por segurança, autorizado por mim, para falar pessoalmente. Vale ressaltar que na zona mista tinha pelo menos quinze jornalistas de diferentes meios de comunicação, e ajudantes e funcionários do clube. Nós nos afastamos cinco ou seis metros para conversar ficando à vista de todos eles. Eu perguntou se ele tinha algum interesse particular em me criticar porque eu estava sofrendo no meu trabalho. Ele pediu para não leva-lo mais, ele queria continuar trabalhando no local, ao que eu respondi que ele também deixe-me fazer o meu trabalho tranquilo. Só isso. Uma troca verbal. Não houve nenhum tipo de ameaça, muito menos de agressão física. Alguém pode realmente acreditar que em um lugar público com muitas pessoas ao redor, se uma pessoa agride fisicamente outro, não vai ser interceptadas pela segurança, polícia ou qualquer outra pessoa? Se o fato tivesse acontecido, tendo em vista os seus colegas, a notícia não tinha irrompido nas portales e redes socias a poucos minutos mais tarde? Nada disso aconteceu. Nem mesmo no dia sigente. Não há dois dias mais tarde. Não três. Curiosamente, a "notícia" foi lançada na quinta-feira, uma vez que ele pode ver que não foi registrado na primeira lista para jogar o Paulistão (quarta feira), que foi lançada na quarta-feira. Infelizmente, quando a "informação" foi dada pelas redes sociais e portais, imediatamente foi tomada como verdadeira, sem contrastando-a com diferentes fontes. Há um processo de difamação começou para mim, que não só me afeta profissionalmente, mas também pessoalmente, manchando meu nome e reputação, uma situação que é difícil de reverter mesmo em uma mentira. Não é de admirar a partir de que espalham a mentira, como eu entendo a sua missão clara para conseguir maior impacto do seu trabalho, mesmo que para isso deve mentir e agir de forma maliciosa, mas fiquei surpreso que nenhuma nenhum outro jornalista desmentia. Por sorte, eu tenho testemunhas para esclarecer o episódio na justiça, da qual estou disponívei e ações já estão nas mãos de meu advogado. Depois de esclarecer isso, vou iniciar uma ação legal por difamação. Seria bom pra esclarecer a verdade, ser concedido o mesmo impacto na mídia que a notícia falsa. Finalmente, gostaria de agradecer o apoio dos meus companheiros de equipe e comissão técnica, que têm pleno conhecimento de que nenhuma ameaça ou agressão de qualquer tipo foi feita. Além disso, você, fãs santistas, que esperaram para ouvir a minha palavra e foi dado o benefício da dúvida. Espero que esta situação seja esclarecida o mais rapidamente possível para virar a página e deixar claro que eles não podem dizer qualquer coisa sobre uma pessoa.

FABIAN NOGUERA - 27 DE FEBREIRO DE 2017