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Walter fala pela 1ª vez após cotovelada em colega: "Estou arrependido"

Rosiron Rodrigues / Goiás E.C.
Imagem: Rosiron Rodrigues / Goiás E.C.

Do UOL, em São Paulo

28/02/2017 09h48

Atacante do Goiás, Walter falou pela primeira vez, na noite da última segunda-feira (27), direto de Recife, sobre a cotovelada que deu em colega de time, o goleiro Matheus, durante treinamento na última sexta-feira. À Rádio 730, o jogador disse estar arrependido e não descartou deixar o clube, apesar de desejar a permanência. Por causa da agressão, o jogador revelado na base do time ficou desacordado, foi parar no hospital e ainda está em observação.

"Estávamos fazendo um jogo-treino na sexta-feira. O Matheus levou um gol e eu fui falar para ele 'Pega a bola cara, fecha esse gol', ele ficou irritado e começou a me xingar de maneira explícita. Logo em seguida veio o lance da cotovelada, mas me arrependo demais, sei que foi algo grave e serviu para eu aprender. O Harlei me chamou para conversar e eu falei para ele que estava arrependido, estou muito triste com isso, foi a primeira vez que aconteceu algo assim na minha carreira. Tenho dois anos e meio de história no Goiás e foi a minha primeira briga", afirmou. 

Walter estava relacionado para a partida que o Goiás realizou contra o Rio Verde, fora de casa, pelo Campeonato Goiano, mas foi afastado pela diretoria da equipe para apuração do caso. Presidente do time, Sérgio Rassi informou que só tomará decisão sobre rescisão ou não com o jogador após o Carnaval. 

No sábado, em entrevista ao UOL Esporte, Harlei Menezes, diretor de futebol do Goiás, havia dito que Walter não se arrependeu do que fez. "Ele disse que fez de propósito e que faria novamente, não se mostrou arrependido em momento algum", disse o ex-goleiro e agora cartola. O atacante rebateu a acusação. 

"O diretor Harlei já conversou muito comigo, tenho um carinho enorme por ele e pelo presidente. Mas a entrevista que o Harlei deu, falando sobre mim, não foi certa. Eu não disse que iria fazer de novo, estava com a cabeça quente, apenas isso. Tenho a impressão de que ele quis me jogar contra a torcida, sendo que sou completamente grato aos torcedores por tudo que fazem por mim. Um diretor de futebol não pode dar uma entrevista desse jeito", contou à rádio. 

Walter, de 27 anos, informou que terá reunião ainda nesta terça ou na quarta-feira com a diretoria do Goiás para resolver a situação. A intenção do atacante é seguir no clube, mas ele admite que o grupo "sentiu" o ocorrido e está aberto a quebrar o contrato, sem criar obstáculos. "O Goiás não me abraçou", reclama. 

"Tenho um carinho enorme pelo Goiás, estou sentindo falta do grupo, meu pensamento é continuar no clube. Mas se não der, agradeço a todos, não quero jamais sair pelos fundos do Goiás, sairei pela porta da frente, assim como entrei. Quando me ligaram, estavam quase caindo para a Série C, cheguei e não caíram, consegui ajudar da melhor forma. Hoje estou passando por um momento difícil e o Goiás não me abraçou, mas mesmo assim sou grato", disse. 

E acrescentou: "O grupo sentiu o que eu fiz, sou companheiro e eles não esperavam isso de mim. Peço desculpas à torcida por tudo que aconteceu. Vai acontecer o que for melhor para o Goiás, se decidirem quebrar o contrato, vou aceitar sem problemas e seguir outro caminho".