Comissária do avião da Chapecoense diz que ainda tem pesadelos com acidente
A comissária de bordo Ximena Suárez, uma das seis sobreviventes do acidente aéreo com a delegação da Chapecoense em novembro passado, disse que ainda tem pesadelos com a queda do avião e precisa tomar remédios para dormir.
"A luz, os gritos, me lembro de tudo. Nunca pensei que veria essas cenas. O comandante já tinha dado a ordem para apertar o cinto e sentei. Ele não deu aviso de emergência. As luzes se apagaram e veio um tremendo golpe. Em segundos", disse em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo.
Ximena, de 28 anos, ficou presa no alto de uma árvore após o acidente, segundo o comandante da unidade de bombeiros que participou do resgate. O resgate durou cerca de 1h40.
A boliviana ficou internada em um hospital de Medellín por 19 dias. Ela voltou à Bolívia em meados de dezembro. "Estou muito feliz. Obrigada a todos que rezaram por mim, é um monte de emoções, e até agora eu não consigo acreditar", afirmou ao desembarcar no aeroporto de Santa Cruz de la Sierra.
A queda do avião nas cercanias de Medellín no dia 29 de novembro matou 71 das 77 pessoas a bordo, incluindo 19 jogadores, jornalistas e toda a comissão técnica da Chapecoense.
Além de Ximena, sobreviveram à queda do avião o comissário boliviano Erwin Tumiri, os jogadores Jakson Follmann, Alan Ruschel e Neto, além do jornalista catarinense Rafael Henzel.
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