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Receio de 'queima de arquivo' torna caso Moacir Bianchi segredo de justiça

Do UOL, em São Paulo (SP)

07/03/2017 14h50

A proteção às testemunhas instaurou o segredo de justiça às investigações do assassinato de Moacir Bianchi, fundador da Mancha Verde morto na madrugada da última quinta-feira. Fontes ligadas ao processo confirmaram a informação à reportagem do UOL Esporte na tarde desta terça-feira.

Em virtude do interesse público nas investigações do caso e do assassinato bárbaro – Moacir Bianchi foi encontrado com 22 ferimentos dentro do próprio carro, na Zona Sul de São Paulo -, a Justiça decretou o sigilo absoluto para prosseguir na apuração do caso.

O medo de retaliação aos depoentes – popularmente tratada como ‘queima de arquivo’ – obrigou, na visão da Justiça, a tomada de decisão pelo segredo nas investigações.

Os depoimentos para o esclarecimento do caso começaram na última segunda-feira, quando a ex-mulher e duas filhas de Moacir Bianchi compareceram à sede do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) para responderem a perguntas sobre o caso.

No entanto, Jonas Marzagão, advogado da família, relatou que a família desconhecia ameaças sobre o fundador da torcida organizada, que participou de uma tensa reunião horas antes de ser morto, na sede da Mancha Alviverde, segundo indica o início das investigações.

A terça-feira marcou o segundo dia de depoimentos de Alessandro Nigro, o Nando, presidente da Mancha Alviverde. O mandatário prestou esclarecimentos na sede do DHPP e não conversou com a imprensa ao chegar ao local.