Mais quatro famílias de jogadores da Chapecoense devem processar time

Depois dos familiares do volante Gil entrarem na Justiça do Trabalho contra a Chapecoense em fevereiro, mais quatro viúvas também acionarão o clube na esfera trabalhista para que sejam considerados os direitos de imagem e também as premiações nas indenizações.

As mulheres de Bruno Rangel, Gimenez, Ananias e Aylton Canela estão reunindo os documentos necessários para acionar o clube catarinense. Os advogados de uma empresa de São Paulo ainda não receberam os contratos de trabalho dos atletas para formalizar a ação.

Os familiares de Gil entraram com uma ação na 1ª Vara do Trabalho em Chapecó (SC), requerendo os salários do atleta até o final de seu contrato e também os valores corrigidos em relação aos diretitos de imagem e premiação, que acabaria em dezembro de 2017. No dia 22 está marcada a primeira audiência sobre o caso.

As viúvas alegam que Chapecoense é co-responsável pelo acidente, uma vez que o clube contratou os serviços da Lamia. O vice presidente jurídico do clube, Luiz Antonio Pallaoro nega tal alegação. "Nós contratamos um serviço de terceiros, também somos vítimas desse acidente. Pedimos aos familiares para unirem-se a nós para entrarmos com processo contra os verdadeiros responsáveis pelo acidente", comentou Pallaoro.

Os familiares de Gil receberam indenizações de seguradoras particulares, que estavam indexadas ao valor que recebia, sem os direitos de imagem e premiações, somente o salário registrado na carteira de trabalho. Segundo os familiares, os valores ficam muito abaixo do que os atletas recebiam mensalmente e, por isso, decidiram recorrer à Justiça. As viúvas dos outros quatro atletas reclamarão os mesmos direitos que os familiares de Gil alegaram.

A Chapecoense viajava para Medellín para realizar o primeiro jogo da final da Copa Sul Americana.  O avião da empresa Lamia, que transportava a delegação, caiu próximo ao aeroporto da cidade, matando 71 pessoas, sendo 19 atletas da Chapecoense.