São Paulo sofre com a dependência de Cueva e procura um 10 para se reforçar
A derrota por 3 a 0 no clássico com o Palmeiras, neste sábado (11), no Allianz Parque, expôs um problema no elenco do São Paulo. O time do técnico Rogério Ceni sofre com a ausência de Cueva, que não atuou neste fim de semana por conta de um edema na coxa esquerda.
Sem o camisa 10, o Tricolor deixou de ser a equipe ofensiva, que sempre busca o gol, para adotar uma postura mais defensiva e criar menos. Como consequência, durante os 90 minutos, o São Paulo só conseguiu acertar apenas duas finalizações no gol de Fernando Prass. A média de finalizações de equipe na competição é de 6,75 por jogo. Com Cueva em campo, o número sobe para 8,16 por partida e sem cai para 2,5.
Com o meia, o São Paulo conquistou sete vitórias, um empate e perdeu um jogo - aproveitamento de 81,4%. Ele marcou cinco tentos e deu três assistências. Já sem o peruano o aproveitamento diminui para 16,6% (uma derrota e um empate).
"O Cueva é um excelente jogador, um atleta de alto nível e vem demonstrando isso no nosso grupo e nos jogos. Infelizmente, ele não pôde jogar no clássico. Mas quem estava lá deu o seu melhor, e sempre vai se esforçar para que a gente conquiste as vitórias", disse o atacante Gilberto.
Exatamente por conta dessa dependência, o treinador espera que o São Paulo contrate um meia para o restante da temporada. "Nós precisamos, ao longo de um Campeonato Brasileiro, de um [camisa] 10 com características parecidas. Lucas [Fernandes] não gosta de jogar de 10. Gosta de jogar de 8. Temos o Shaylon, mas é um menino. Vamos aos poucos, com calma, procurar alguém que possa substituir", disse Ceni.
"Claro que nós temos de saber, em algum momento, a jogar sem o Cueva. Precisamos também encontrar também soluções para a lateral esquerda, pois só temos o Júnior. São situações que o Rogério está trabalhando. A gente sabe que isso é muito claro e a gente vai buscando essas soluções", completou o auxiliar Pintado.
Para a alegria da comissão técnica e da torcida, Cueva deve voltar a jogar na próxima quarta-feira, contra o ABC, em Natal, pela segunda partida do mata-mata da terceira fase da Copa do Brasil. No jogo de ida o Tricolor ganhou por 3 a 1.
"Espero que ele tenha condições. No clássico era um risco muito grande colocá-lo em campo e imagino que quarta ele tenha melhores condições. A Rogério viu que o risco era muito grande, ele tinha toda a razão e pensou muito bem porque tinhamos de guardar um jogador importante como ele", disse Pintado
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