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Ônibus para ir ao Corinthians e monitorado pelo Real. Quem é Léo Santos

Do UOL, em São Paulo

13/03/2017 04h00

Depois do empate por 1 a 1 deste domingo (12), com a Ponte Preta, quase todo corintiano ficou curioso para saber um pouco mais sobre o zagueiro Léo Santos. Aos 18 anos, o defensor entrou em campo aos 20 minutos do segundo tempo, no lugar do lesionado Balbuena para mudar a história do jogo. Aos 31, ele mostrou tranquilidade para apresentar o seu cartão de visitas e marcar o gol de empate.

"A gente estava focado para aproveitar a oportunidade", disse o jogador. Mas a história do jovem no clube começou muito antes da partida pelo Campeonato Paulista, no Moisés Lucarelli. Criado em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, ele teve os primeiros contatos com o alvinegro na escolinha Chute Inicial, do Corinthians, quando tinha 5 anos de idade. Porém, alguns percalços estavam guardados para a sua trajetória.

O menino chegou a ser dispensado pelo Corinthians e tentou a sorte no futsal. A história voltou aos eixos quando, aos 12 anos, ele foi aprovado em teste pelo então treinador Leandro Floriano. Curiosamente, nesta época, ele era meia, mas o técnico viu a possibilidade de utilizá-lo na zaga, até por conta da concorrência com outros garotos no meio de campo.

A partir daí, o jovem passou a despontar. As convocações para defender a seleção brasileira de base entraram para o currículo do jogador. As atuações do zagueiro de 1,86m não chamaram a atenção apenas no país.

Por conta do bom desempenho no Mundialito Sub-17, na Espanha, ele passou a ser monitorado pelo Real Madrid. O empresário do jogador é também bem conhecido no mercado europeu. O italiano Mino Raiola é responsável por agenciar a carreira de Ibrahimovic entre outros astros. Curiosamente, Léo é um dos poucos jogadores em todo o elenco que tem 100% dos seus direitos vinculados ao Corinthians.

Após se destacar também na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2016, foi integrado ao profissional. Trabalhou com Tite, Cristóvão Borges e Oswaldo de Oliveira. Agora, é uma das opções de Fábio Carille.

Mesmo com toda essa mudança em sua vida, o jogador manteve os pés no chão. Até os dias de hoje, muitas vezes ele usa ônibus e metrô para ir ao clube e evitou mudar a sua rotina. "Ainda não andei de metrô depois do gol para saber se alguém me reconheceu. Hoje tenho curso (de noite) e vou pegar o metrô lotado", disse Léo Santos.

A estreia no profissional aconteceu no empate por 1 a 1 com o Figueirense, em novembro de 2016, fora de casa, pelo Brasileiro. Resta agora a expectativa para fazer uma partida diante da torcida.