Time de Bruno fez acordo para que 60 presos reformassem estádio
O Boa Esporte contratou Bruno com um discurso que quer incentivar a ressocialização do goleiro, condenado em primeira instância pelo assassinato da ex-amante Eliza Samudio. Em defesa do clube, não é a primeira vez que ele faz um trabalho do tipo. Em 2014, a diretoria fez uma parceria com a Prefeitura de Varginha e o presídio local e usou 60 detentos na reforma do estádio Melão, onde o time manda seus jogos.
“Foi feito convênio entre Boa, prefeitura e presídio e os presidiários prestaram serviço tanto aqui no CT quanto no estádio”, disse Rone Moraes, presidente do Boa Esporte.
“Nós assinamos um termo de cooperação para que eles pudessem prestar mão-de-obra na reforma do estádio. Eles receberam três quartos de um salário mínimo. Foram cerca de 60 presos, em 2013 ou 2014. Além da reforma, de cinco a dez presos ficaram fazendo a manutenção periódica, sempre em parceria com o pessoal do Boa”, disse Rodolfo Bandeira, diretor-adjunto do presídio de Varginha, em entrevista ao UOL Esporte.
O acordo beneficiou uma estrutura pública, já que o estádio Dilzon Luiz de Melo, o Melão, é da administração municipal. Segundo Bandeira, os beneficiados do projeto, que é da Secretaria de Administração Prisional do governo estadual, são dos regimes fechado e semi-aberto e passam por uma comissão antes de serem autorizados a trabalhar fora do presídio.
“Eles são atendidos por psicólogos, assistentes sociais, médicos, gerentes de produção... A comissão faz um acompanhamento periódico e se ele preencher os requisitos ele vai poder ser selecionado”, disse Bandeira.
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