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Benzema desabafa sobre sua ausência da seleção francesa e acusa injustiça

Último jogo de Benzema pela frança foi em outubro de 2015 - Curto de la Torre/AFP
Último jogo de Benzema pela frança foi em outubro de 2015 Imagem: Curto de la Torre/AFP

Do UOL, em São Paulo

23/03/2017 16h05

Sem jogar há um ano e meio pela seleção francesa, o atacante Karim Benzema desabafou sobre sua situação e disse que não vai desistir de voltar à equipe nacional. Em entrevista à rádio Montecarlo, em programa comandado pelo ex-jogador Christophe Dugarry, o camisa 9 do Real Madrid disse que é alvo de uma injustiça.

"É duro para um jogador, ainda mais quando você joga em um time grande como o Real. Estar com a seleção é um orgulho, e quando não estou na lista é uma decepção. O que faço no Real há oito anos fala por si só", disse Benzema.

"Se alguém acha que eu não amo a seleção francesa, está enganado. Acho injusto, porque gostaria que me explicassem por que não sou convocado. Se isso se trata do caso Valbuena, eu já paguei e nem culpado sou ainda. Já paguei. Se for por isso, que o técnico me diga", completou.

O caso a que se refere Benzema aconteceu no fim de 2015. O meia Valbuena, do Lyon, estava sendo chantageado por um grupo que supostamente detinha vídeos íntimos dele. Um dos integrantes seria amigo de Benezema, que admitiu ter "aconselhado" Valbuena a pagar o que os homens pediam. O escândalo fez com que a federação francesa banisse o jogador do Real da seleção, e ele ficou de fora da Eurocopa de 2016, disputada no país.

Recentemente, porém, o técnico Didier Deschamps disse que Benzema não está fora de seus planos. "Por que ele não me convocou [para a Euro], e por que ainda não me convoca? Faço essa pergunta a mim mesmo todos os dias", afirmou o atacante.

"Só quero uma explicação entre homens. De qualquer maneira, não vou me render. Se as pessoas acreditam nisso, estão equivocadas. Você joga para seu povo, sua família e os torcedores. Joga para ganhar. Com certeza quero jogar pela França, ainda posso dar muitas coisas à seleção", concluiu.