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Barça prepara estátua a Cruyff e dará nome de ídolo a novo estádio em CT

Do UOL, em São Paulo

25/03/2017 07h55

O Barcelona comunicou que fará uma estátua em homenagem a Johan Cruyff, ídolo do clube e que faleceu em março do ano passado. A escultura ficará dentro do estádio Nou Camp.

Ex-jogador e treinador do clube, o holandês, que morreu em março do ano passado, também será lembrado no novo CT que o Barça lançará. O mini estádio que será inaugurado na Ciudad Deportiva se chamará Johan Cruyff.

O craque holandês defendeu o Barcelona de 1973 a 1978.

Filho de Cruyff, Jordi Cruyff agradeceu ao Barcelona pelas homenagens.

“Com este acordo duradouro e carinhoso, meu pai estará sempre presente”, disse Jordi, que também foi atleta do clube catalão.

Cruyff morreu aos 68 anos e após perder batalha contra um câncer de pulmão. A doença havia sido diagnosticada em outubro de 2015.
 
Considerado um dos maiores jogadores da história do futebol europeu, Cruyff ficou famoso por ter apresentando um futebol revolucionário, pois unia habilidade, grande conhecimento tático e técnico. Comandou a seleção holandesa na Copa de 1974, sendo um dos protagonistas do time que ficou conhecido como “Carrossel Holandês”, que tinha uma estrutura tática inovadora e ficou com o vice-campeonato mundial.
 
Era uma seleção com fortíssimo senso coletivo; jogadores primavam pela técnica e não guardavam posições. Antes de se destacar na seleção da Holanda, Cruyff já fazia sucesso pelo Ajax. Como jogador, também vestiu a camisa do Barcelona, entre outros clubes. Foi o primeiro a conquistar por três vezes o prêmio Bola de Ouro, em 1971, 73 e 74.
 
Cruyff não defendeu a Holanda na Copa de 78. Inicialmente, a imprensa europeia atribuía a ausência de Cruyff no Mundial a uma recusa do meia em vincular sua imagem ao regime militar que vigorava na Argentina, sede do torneio de 1978. Cruyff declarou décadas depois que não estava com cabeça para disputar o Mundial em virtude de assalto em 1977, onde ele e sua esposa foram amordaçados e ameaçados de morte.
 
Depois de se aposentar, Cruyff se tornou técnico e fez um trabalho de sucesso pelo Barcelona, com o tetracampeonato espanhol entre 1990 e 1994. Ele também levou o clube da Catalunha ao título inédito da Liga dos Campeões, em 1992.
 
O holandês foi um fumante inveterado. O vício começou ainda como jogador. Cruyff não escondia o prazer pelo cigarro e não se importava com as consequências negativas que isso poderia acarretar na carreira. Ele, porém, abandonou o cigarro há 25 anos após ter sofrido problemas cardíacos. Na época, ele chegou a passar por uma cirurgia.