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De olho na Copa: agente de Ganso vai à Europa para definir futuro do meia

Paulo Henrique Ganso em ação pelo Sevilla: cena só ocorreu uma vez em 2017 - Rex Shutterstock/Zumapress
Paulo Henrique Ganso em ação pelo Sevilla: cena só ocorreu uma vez em 2017 Imagem: Rex Shutterstock/Zumapress

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

01/04/2017 04h00

Paulo Henrique Ganso está incomodado com a falta de oportunidades no Sevilla. Mais que isso, seu estafe também não está gostando da situação que já dura quase três meses – o último jogo do meia foi em 4 de janeiro. O longo período de inatividade preocupa o empresário Giuseppe Dioguardi, representante do atleta, que irá até a Espanha para definir o futuro do jogador.

Conforme mostrado pelo UOL Esporte, o ex-jogador de São Paulo e Santos ainda sonha com uma reviravolta ainda nesta temporada. Mas para Ganso e seu estafe, o tempo longe dos gramados – por opção do técnico Jorge Sampaoli – atrapalha o planejamento de buscar uma vaga na seleção brasileira para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. “A próxima temporada é o último ‘tiro’ para a Copa. Ele quer jogar, tem condições disso”, resaltou Dioguardi.

O empresário embarcou para Sevilla na noite da última sexta-feira (31). A ideia é conversar com o presidente do clube, José Castro Carmona, sobre o impasse daquele que foi uma das grandes apostas do time espanhol nos últimos anos. 

“Passado um ano, queremos saber qual é a situação. Se não for jogar, buscaremos um clube. E pode, sim, ser um empréstimo. O tempo de adaptação já durou essa temporada. Se o Sampaoli achar que necessita de mais tempo de adaptação, vai ser difícil o jogador ficar por lá. Se o Sampaoli não acredita no jogador, dá ele para mim que eu acredito e ainda encontro 300 times que acreditam”, frisou o empresário.

Destacando sempre a boa relação com a diretoria do Sevilla, Giuseppe Dioguardi buscará uma conversa tranquila com os espanhóis, mas diz que é preciso “colocar os pingos nos is” sobre a situação atual do “esquecido” Ganso.

“Queremos ver as possibilidades, mas ele quer jogar. Quero saber o que o clube deseja, o que o Sampaoli deseja. Entender o que aconteceu, porque foi o próprio treinador que pediu o jogador lá. Quero entender se tem algo pessoal. Vamos esclarecer as coisas. Ele adora o clube, a cidade, está adaptado, mas precisamos ver as possibilidades. São mais de dois meses parado. Se for para o Paulo Henrique ficar assim, que o liberem”.

O empresário ainda revelou conversas do jogador com treinadores que acompanharam período de treinos do Sevilla. Segundo as opiniões de Tite, Rogério Ceni e Edgardo Bauza, contadas por Dioguardi, a ausência no time de Sampaoli não seria por falta de empenho nas atividades.

"O Tite esteve lá, Rogério Ceni, ele também conversou com o Bauza. Todo mundo viu como ele está treinando. Elogiaram e falaram que era questão de tempo. Ele está três quilos mais magro, em excelente condição física. O Monchi [Ramón Rodríguez Verdejo, diretor do clube] também me falou de seu bom desempenho. Quero entender os motivos de não jogar", completou o agente.

Por fim, questionado sobre os cenários em uma eventual saída do Sevilla, Giuseppe Dioguardi considera que as possibilidades de negócios com times brasileiros são pequenas. "A chance é baixíssima, difícil. Mas tudo depende do momento que o mercado abrir".