Fifa investiga homofobia e pode interditar Arena Corinthians para seleção
A Fifa está de olho nos gritos homofóbicos que ecoaram na Arena Corinthians na vitória do Brasil sobre o Paraguai nas Eliminatórias da América do Sul e pode punir a seleção brasileira por causa deles. A entidade investiga a atitude da torcida brasileira e pode até vetar futuras partidas na casa corintiana, em São Paulo. A notícia foi dada primeiramente pelo "Estado de S. Paulo" e confirmada pelo UOL Esporte, que apurou que a CBF já foi notificada do procedimento e prepara sua defesa.
A confederação brasileira não se preocupa com uma possível punição por acreditar que a Fifa está ciente de que estão sendo feitas campanhas para evitar novos incidentes deste tipo no país.
Seria a terceira punição aplicada à seleção brasileira pelo comportamento da torcida nos jogos em casa. Antes, a Fifa multou a CBF pelos casos de homofobia nas partidas contra a Bolívia e Colômbia, ambas em 2016 e também pelas eliminatórias.
Em um exemplo mais recente, a federação repreendeu argentinos e colombianos e chilenos em dezembro de 2016 pelo mesmo tipo de incidente. O Chile sofreu uma punição semelhante à que o Brasil está sujeito: proibição de jogar por duas partidas no Estádio Nacional de Santiago, fora uma multa 30 mil francos suíços (cerca de R$ 98 mil na cotação de 19/12/2016).
Para a CBF, o exemplo chileno é um modelo para estabelecer sua defesa: foi a quinta ocorrência do tipo no país andino, que não realizou campanhas de conscientização para evitar novos casos.
No caso da Argentina, foi aplicada idêntica à recebida pelos chilenos, além da Associação de Futebol Argentino (AFA) ter recebido um alerta. À Colômbia, o comportamento homofóbico custou 25 mil francos suíços (R$ 82 mil).
Grécia, Estados Unidos, Panamá e Honduras também receberam sanções da Fifa pelo mesmo motivo.
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