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Atlético antecipa férias e adia solução sobre meia Vinícius após discussão

Vinícius estava treinando em separado no Atlético - Assessoria de Imprensa CAP
Vinícius estava treinando em separado no Atlético Imagem: Assessoria de Imprensa CAP

Napoleão de Almeida

Colaboração para o UOL, em São Paulo

05/04/2017 18h58

O Atlético Paranaense deu férias antecipadas ao meia Vinícius, que na semana passada registrou um boletim de ocorrência contra o clube, acusando os dirigentes de terem o coagido a assinar uma liberação dos valores de luvas que o clube lhe deve. Vinícius disse ter sido ameaçado pelo vice-presidente Marcio Lara, que por sua vez também se disse agredido verbalmente e também registrou um BO. Após o episódio, Vinícius foi suspenso por 7 dias e se reapresentou nesta terça, mas recebeu férias de 30 dias antecipadas.

Um dos destaques do clube na campanha do título paranaense em 2016, Vinícius foi negociado no meio do ano passado sem muitas explicações, em um momento em que o clube também liberou o atacante Walter.

O advogado de Vinícius, Marcelo Ribeiro, explicou a situação. ”O Atlético não respondeu a notificação, que pedia para que fosse dada uma solução, principalmente por conta do empréstimo negociado com o Avaí. Foi pedido que o Atlético se manifestasse no interesse ao jogador ou cedesse, para que ele não ficasse parado”, disse, citando a negociação com o time catarinense. Segundo o representante do jogador, Vinícius chegou até a treinar no Avaí, mas na hora da assinatura do contrato com os catarinenses, teria havido uma ordem para que ele abrisse mão das luvas de cerca de R$ 1 milhão para que fosse liberado. Ele se negou e voltou à Curitiba.

“O clube disse que não haveria condição de treinar, até por que o grupo de atletas separados se desfez”, contou Ribeiro. Entre os jogadores também estava o meia português Bruno Pereirinha. O Atlético pagou o proporcional de férias pelos 8 meses no Náutico, que segundo o advogado não foram recolhidos pelo time pernambucano, e o deu férias por 30 dias. Agora, o meia estuda pedir sua liberação. “O ano está em plena competição, fatalmente vamos acabar indo para a Justiça”, analisou o advogado.

Procurado para falar sobre o caso, o Atlético não respondeu o questionamento até o início da noite desta quarta.