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Instabilidade de Vitor Hugo e olho em 2018: Por que Luan chega ao Palmeiras

Paulo Fernandes / Site oficial do Vasco
Imagem: Paulo Fernandes / Site oficial do Vasco

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

05/04/2017 04h00

A chegada de Luan ao Palmeiras será anunciada tão logo o zagueiro seja aprovado nos exames médicos. A contratação do atleta gerou uma série de discussões entre torcedores, jornalistas e pessoas que trabalham no meio sobre a necessidade de a equipe paulista contratar ou não mais um atleta para a sua defesa.

Como já havia mostrado o Blog do PVC, a chegada do vascaíno faz parte do planejamento da diretoria alviverde, que se mostrou preocupada com a ausência de opções no setor nos últimos jogos por diferentes problemas. Além disso, ainda enxergam no jogador de 23 anos um potencial para o futuro.

Colabora para tudo isso o fato de o Palmeiras não precisar se preocupar com o investimento. Com os R$ 10 milhões de Luan, a Crefisa já chega na casa dos R$ 75 milhões para contratações de jogadores só em 2017. Borja, que custou mais de R$ 30 milhões, e Guerra, que custou cerca de R$ 10 milhões, são exemplos disso.

Oportunidade de mercado

Como gostava de dizer Paulo Nobre e como ainda repete Maurício Galiotte, o lema no Palmeiras é o de que "todo bom jogador interessa". Alexandre Mattos soube que Luan estava pensando em respirar novos ares. Convocado para a seleção olímpica, ele despertou o interesse de diversos clubes.

Se recuperando de uma cirurgia no pé direito, ele começou a avaliar atuar em novos times para buscar novos horizontes na carreira. As negociações começaram e, então, com o aval financeiro da Crefisa, os palmeirenses toparam pagar R$ 10 milhões por 60% dos direitos econômicos do atleta. A negociação inicial falava em valores mais altos por percentuais menores.

Mina comemora o gol do Palmeiras sobre o Jorge Wilstermann, no Allianz Parque - MARCOS BEZERRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - MARCOS BEZERRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Imagem: MARCOS BEZERRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Falta de opção

A comissão técnica se viu apertada nas opções para escalar a zaga recentemente. Uma série de problemas fez Eduardo Baptista ir para jogos com apenas dois atletas para a posição, sem ninguém para a reserva. Tudo porque Vitor Hugo estava suspenso, Yerri Mina estava com a seleção colombiana e Thiago Martins está no departamento médico por pelo menos mais quatro meses. Sobraram Edu Dracena e Antônio Carlos.

Em um segundo semestre com Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores, houve a avaliação de que não é possível ter apenas esse número de zagueiros para toda a temporada. Para se ter ideia, na lista de 30 atletas enviada para a competição sul-americana, o time inscreveu Vitão, defensor oriundo das categorias de base. No mata-mata, o time poderá fazer a troca.

O goleiro corintiano Cássio se antecipa a Vitor Hugo, do Palmeiras - Rubens Cavallari/Folhapress - Rubens Cavallari/Folhapress
Imagem: Rubens Cavallari/Folhapress

Instabilidade de Vitor Hugo

Vitor Hugo não passa mais tanta segurança como na temporada passada. O zagueiro teve problemas de disciplina com cartões e suspensões. O caso mais grave foi a cotovelada em Pablo, no clássico contra o Corinthians, que, apesar de não ter sido flagrada pelos juízes, foi alvo de investigação nos tribunais.

O lance rendeu uma suspensão de dois jogos, mas poderia ter durado o Estadual inteiro. Além disso, ele também acumulou cartões amarelos e não pôde, por exemplo, atuar na partida de ida das quartas contra o Novorizontino. Ele ainda ficou suspenso do segundo jogo da Libertadores após receber o vermelho aos 20 minutos do primeiro tempo na estreia.

Há ainda uma discussão técnica se Vitor Hugo ainda é a melhor opção de titularidade ao lado de Mina.

De olho em 2018

Por fim, a chegada de Luan é vista como importante para um futuro próximo. Há um receio de que atletas da posição sejam negociados. Vitor foi alvo de propostas importantes recentemente, como a Fiorentina, da Itália, que sinalizou pagar mais de R$ 20 milhões pelo zagueiro. A ideia da diretoria é não aceitar, mas novas investidas no meio do ano podem convencer os cartolas, que com Luan teriam a cobertura de mais um atleta.

Além de Vitor Hugo, Yerri Mina tem sua saída dada como certa após a Copa de 2018. O destino será o Barcelona, que estudou a chance de leva-lo já em 2017 e foi convencido pelo Palmeiras a prorrogar a proposta.