Ex-atletas de Corinthians e SP são suspeitos de falsificar documentos
A Justiça da Itália investiga atletas brasileiros que teriam obtido a cidadania italiana de maneira irregular. Estão na mira das autoridades locais os jogadores Bruno Henrique (ex-Corinthians e atualmente no Palermo), Gabriel Boschilia (ex-São Paulo e atualmente no Monaco), Eduardo Henrique, Eduardo Sasha e Gustavo Henrique Ferrareis (do Internacional), e Guilherme Lazaroni, do Red Bull Brasil.
A operação policial resultou na prisão nesta sexta do responsável pela Secretaria de Estado Civil de Brusciano, no sul da Itália, e o titular de uma agência de práticas administrativas de Terni, no centro do país.
Os dois teriam recebido propinas para conceder cidadania italiana a cerca de 300 cidadãos brasileiros, incluindo diversos jogadores de futebol.
"Um dia após a chegada dos carabineiros à Prefeitura, suspendi imediatamente o funcionário", disse à ANSA o prefeito de Brusciano, Giuseppe Romano.
Ao UOL Esporte, a assessoria do empresário Giuliano Bertollucci, que representa Boschilia, informou que assumiu a gestão da carreira do atleta quando o passaporte já estava encaminhado.
A assessoria do empresário acrescentou que o departamento jurídico do Monaco prestará auxílio às autoridades.
Para a reportagem, o empresário Augusto Nogueira, que representa Sasha e Ferrareis, disse que o todo o processo de obtenção de cidadania foi dentro da lei, negando irregularidade.
"Esclarecemos que o processo de obtenção de cidadania estrangeira dos atletas Eduardo Sasha e Gustavo Ferrareis foi feito dentro da normalidade, seguindo todos os trâmites legais do Consulado da Itália", destacou Augusto Nogueira.
O UOL Esporte não conseguiu contato com os representantes de Bruno Henrique.
Clube atual de Bruno Henrique, o Palermo afirmou que é "totalmente estranho aos fatos". "O jogador [Bruno Henrique], que no momento da compra já gozava do status de cidadão italiano, não deixará de esclarecer assim que for confirmado seu envolvimento nas investigações", declarou o clube por meio de um comunicado.
A Justiça da Itália tem feito diversas ações contra irregularidades na concessão de cidadania. Em janeiro passado, um policial foi preso em Lodi, no norte do país, por facilitar a certificação de residência para estrangeiros, principalmente brasileiros, que viajaram à nação europeia para realizar o processo de dupla nacionalidade.
A ordem de prisão domiciliar contra o funcionário da Secretaria de Estado Civil de Brusciano e o titular de uma agência de práticas administrativas de Terni foi emitida pelo juiz do Tribunal de Nola, na província de Nápoles, a pedido da Procuradoria da República na região. Ambos são acusados de corrupção, falsidade ideológica e material e de facilitação à imigração clandestina no país.
Além disso, nesta semana, a Procuradoria da República em Teramo, no centro da Itália, deflagrou uma investigação semelhante, mas direcionada especificamente a cidadãos brasileiros.
* Texto com a colaboração da agência ANSA
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.