Topo

Romário volta a atacar Del Nero: "Ladrão, corrupto, safado e mau-caráter"

José Lucena - 20.jun.2016/Futura Press/Estadão Conteúdo
Imagem: José Lucena - 20.jun.2016/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

07/04/2017 18h25

Ex-jogador e atualmente senador da República (PSB-RJ), Romário não poupou palavras para atacar o presidente da CBF, Marco Polo del Nero, em entrevista à ESPN, nesta sexta-feira (07).

Pergunta se o cartola é "invencível" na entidade máxima do futebol, o Baixinho respondeu, categórico: "Não. Ele é Ladrão, corrupto, safado e mau caráter". 

Assim que terminou a frase, a transmissão caiu. No estúdio, o apresentador João Carlos Albuquerque, o "Canalha", se disse "perplexo" pelo fim do link. Até brincou: "Mas tem alguém com um controle remoto, será?" A equipe retomou contrato após intervalo comercial. 

"Vou repetir", disse, assim que voltou ao ar. "Dentro da minha concepção e de tudo que foi apresentado na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Futebol, posso afirmar que ele é ladrão, safado, mau caráter e corrupto, que se enriquece ilicitamente pela CBF. De alguma forma legal a gente terá de tirar esse senhor da CBF, porque ele é o câncer do nosso futebol". 

Romário comparou a situação da CBF com a da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), recentemente alvo de operação da Polícia Federal que levou à prisão preventiva de Coaracy Nunes, ex-presidente da entidade. 

"Em relação ao presidente da CBDA, pela documentação, por tudo o que foi colhido, definitivamente entenderam que estava na hora de prendê-lo. O Del Nero não está longe disso, não. O MPF pediu à Justiça da Suíça documentos que comprovam que Del Nero participa da corrupção no futebol mundial. Tenho esperança que esse senhor da CBDA vai ter nosso presidente da CBF do lado dele na cela, juntinho. Pagando pelo que fizeram".

Romário prosseguiu lamentando não ter apoio de outros ídolos do futebol no combate aos cartolas da CBF: "Muitos hoje falam que é fácil o Romário falar porque tenho imunidade parlamentar. Na verdade, é um bando de frouxo. Temos muitos ídolos que são frouxos, não tem coragem, são mancomunados com a CBF".

"Se houvesse definitivamente um manifesto positivo de ex-jogadores, poderíamos juntos ter mudado essa história do futebol brasileiro. Principalmente, poderíamos ter dado outra cara para a CBF. O Bom Senso foi muito positivo, tinha muita esperança de que daria certo. Mas é um movimento de jogadores de futebol, que são pagos pelos presidentes dos seus clubes, que são influenciados pelas federações. E as federações são menininhas de recado da CBF", seguiu. Para ele, a ação contra os dirigentes terá mesmo de partir do sistema judiciário.