Cada partido era um time de futebol nas planilhas de propinas da Odebrecht
O PT era o Flamengo, o PSDB o Corinthians e o PMDB o Internacional (lista completa abaixo). As planilhas de propinas da Odebrecht parecem o mercado da bola, cada partido era apelidado com o nome de um time. A analogia com o futebol não para por aí.
Os políticos eram chamados de jogador nas planilhas de propina da empreiteira e o valor do passe significa quanto foi pago em repasses ilegais. O cargo que ocupavam remetia a uma posição em campo. Presidente da República era centroavante e deputado estadual zagueiro. O termo goleiro se referia a qualquer um que fosse da base aliada.
Um exemplo da aplicação do mercado da bola da propina aparece no pedido de investigação de Bruno Araújo, deputado federal pelo PSDB. Apelidado de Jujuba nas planilhas da Odebrecht, ele ficou conhecido porque deu o voto que culminou na abertura de processo de impeachment contra Dilma Rousseff. Na lista da empreiteira, Jujuba está descrito desta maneira.

No total, a Odebrecht usou 19 clubes. Aparecem os quatro grandes de São Paulo, do Rio de Janeiro, a dupla Gre-Nal, e as duas equipes de Belo Horizonte. Fundada em Salvador, a Construtora Norberto Odebrecht tem usou somente um time do estado, o Vitória foi esquecido e só aparece o Bahia.

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