Corinthians repete armas do Cruzeiro e Ceni terá dois dias para preparar SP
O São Paulo acabou surpreendido nesta quinta-feira, no Morumbi, ao perder para o Cruzeiro por 2 a 0, no Morumbi, pela Copa do Brasil. Apesar de controlar a bola durante a maior parte do jogo, o time comandado por Rogério Ceni sofreu de dois problemas que se repetem na temporada: dificuldade para furar retrancas e problemas na marcação de bolas aéreas e bolas paradas. O Corinthians, adversário de domingo nas semifinais do Paulista, traz a campo as duas armas, e Ceni terá dois dias para preparar seus jogadores.
Corinthians repete a solidez defensiva dos mineiros
O Cruzeiro sofreu oito gols no Campeonato Mineiro, e é dono da melhor defesa. O Corinthians levou nove no Paulista, e também é o dono do melhor sistema de marcação. No domingo, no Morumbi, o time de Fabio Carille não cederá espaços. Contra os mineiros nesta quinta, o São Paulo teve 65% de posse de bola, acertou 89% dos passes, finalizou oito vezes mas não conseguiu balançar as redes.
Contra equipes com boas defesas, o ataque são-paulino não funcionou como de costume na temporada: foram três empates em 1 a 1 com as três melhores defesas, do Corinthians, Ituano e Botafogo-SP, pouco para um time com média superior a dois gols por jogo.
Bolas paradas e aéreas podem ser problema novamente
Com um ataque modesto, o Corinthians é um time que aposta demais em bolas aéreas e bolas paradas. Dos 14 gols na primeira fase do Paulista, 5 são de bolas paradas, sem contar os gols de cabeça com a bola rolando. Carille conta com Jadson e Maycon, excelentes cobradores de faltas, zagueiros altos e a presença de área de Jo, de 1,89m.
A bola parada defensiva tem sido um problema a ponto de gerar reclamações dos proprios jogadores e de Rogério Ceni no São Paulo. “Eu vou parar de treinar bola aérea. Quanto mais você treina, mais as coisas acontecem. Então decidimos que para o jogo contra o Ituano não vamos treinar isso”, disse Ceni em março, depois de eliminar o ABC na Copa do Brasil.
A questão não foi resolvida, e, nesta quinta, foi a vez de Pratto. “Sempre serve para a gente melhorar, sobretudo na bola parada, que já sofremos desde os primeiros jogos. Erro meu no gol contra e também dos meus companheiros que sabemos que não pode acontecer mais. A gente tem que corrigir muito a bola parada defensiva, porque contra times fortes pode custar a partida”.
Ceni tem pouco tempo para treinar e manterá estilo ofensivo
Rogério Ceni tem apenas dois dias – na verdade um – para preparar o São Paulo para o clássico. Nesta sexta, os titulares irão fazer trabalho regenerativo, deixando o sábado como o dia com todo o elenco à disposição. O treinador sabe que o tempo é curto, e diz que não mudará o estilo de jogo: apostará no ataque, na posse de bola e em ter a iniciativa para furar a defesa corintiana.
“A maior parte do trabalho tático aconteceu na pré-temporada, e a chegada de alguns nomes realmente muda um pouco, porque não é possível transmitir a proposta da mesma forma. Nesta sexta vou aproveitar para isso, trabalhar mais próximo com os que não jogaram. Vamos jogar dessa forma de novo, em casa temos que procurar o jogo. Mesmo sistema, pode ser que mude peças, mas o modo de ver futebol vai ser o mesmo. Ter a bola, atacar o adversário e estar perto do gol adversário”.
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