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Fiel ao esquema, Roger descarta mudança no Atlético-MG após tropeços

Roger Machado garante manutenção do esquema no Atlético-MG mesmo com tropeços - Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
Roger Machado garante manutenção do esquema no Atlético-MG mesmo com tropeços Imagem: Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

18/04/2017 04h00

Os tropeços recentes no Campeonato Mineiro não fazem com que a comissão técnica do Atlético-MG cogite mudanças na forma de atuar. Pelo contrário. Roger Machado está convencido de que a atual formação é a melhor que tem à disposição.

Três volantes? Escalação de um camisa 10 clássico? Nada disso está em pauta. O treinador do Galo deseja a manutenção do 4-1-4-1 que tem utilizado na Cidade do Galo, com Rafael Carioca à frente da defesa e uma linha de quatro meio-campistas formada por Rómulo Otero, Elias, Juan Cazares e Robinho. Fred atua de forma isolada no setor ofensivo.

Após o empate por 1 a 1 com a URT no Mineirão, o treinador gaúcho fez a sua análise sobre o momento da equipe e descartou a possibilidade de escalar um terceiro volante ao lado de Rafael Carioca e Elias.

“Com o tripé de volantes no meio, você fica com o time bastante pesado, e os lados vão precisar ser preenchidos de qualquer forma. Não pode ficar sete marcando e três livres. Não existe mais esse tipo de jogo. Hoje todos têm de marcar. Se os volantes marcam os lados, o meio fica aberto. O futebol pede que todos marquem e todos joguem”, afirmou.

Roger Machado descarta também a possibilidade de utilizar um camisa 10 clássico, função semelhante à desempenhada por Douglas no período em que trabalhou no Grêmio. O treinador exalta o fato de ter mais de um atleta para a criação de jogadas.

“O Cazares, nas vezes que esteve em campo, é o maior assistente da temporada, jogando pelo meio e também aberto, articulando o time. O Robinho, por dentro, também é um articulador, assim como o Otero. Só que não dá para todos jogarem por dentro. Você tem que equilibrar a equipe, ter uma marcação forte nos corredores, para acompanhar a passagem dos laterais. O Robinho por dentro me dá a construção. O Cazares pelo lado me dá a proteção para dobrar a marcação pelas laterais e participa da criação. O Cazares foi muito bem nisso enquanto esteve em campo. Só que é uma função desgastante. Por dentro, o Robinho tem um esforço menor”, declarou.

“O Otero tem a liberdade de jogar por dentro na troca com o lateral. Hoje, no Brasil, se fala muito no 10 nato. Mas não consigo entender o motivo disso, talvez pela característica de nosso futebol. Hoje existem outras formas de construir o jogo, como fazer a retenção da bola por trás da linha do adversário”, concluiu.