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Presidente do Peñarol acusa Felipe Melo de gerar confusão no estádio

REUTERS/Andres Stapff
Imagem: REUTERS/Andres Stapff

Do UOL, em São Paulo

27/04/2017 09h13

O presidente do Peñarol, Juan Pedro Damiani, acusou Felipe Melo de ter sido o responsável pela briga generalizada no estádio Campeón de Siglo logo após a vitória do Palmeiras por 3 a 2. A confusão começou no campo, com os jogadores dos dois times, e se estendeu para a arquibancada.

Veja os gols da partida.

“Felipe Melo gerou toda a violência. No futebol se ganha ou perde, mas nós não podemos permitir que isso transborde. Felipe Melo armou a confusão quando acertou um soco em Mier. Os jogadores foram à arquibancada para tentar apaziguar. É lamentável, viemos viver uma grande festa,”, disse o mandatário do time uruguaio ao jornal Sport 890.

Diferentemente do que diz o dirigente do Peñarol, os atletas e diretoria do Palmeiras culparam os uruguaios por incitar e provocar a confusão. De acordo com Gustavo H. Souza, que pertence ao staff de Felipe Melo, o volante sofreu insultos racistas em campo.

O goleiro Fernando Prass também defendeu o volante, afirmando que Melo teve de reagir com soco para se defender.

Não seria a primeira vez que Felipe Melo reclama de racismo. Há duas semanas, quando Palmeiras e Peñarol se enfrentaram no Allianz Parque, o volante saiu dizendo que um dos rivais tinha o chamado de "macaco" durante a partida. O jogador avisou, no entanto, que a agressão ficaria limitada ao gramado e que não tomaria nenhuma atitude sobre o assunto, até porque teria ouvido um pedido de desculpas em campo.

Durante a semana, nos dias que antecederam a vitória palmeirense por 3 a 2 em Montevidéu, Felipe Melo foi alvo de ofensas por intermédio das redes sociais. Até familiares do atleta se mobilizaram para denunciar os agressores.

Na última quarta, a disputa foi além da agressão verbal. Felipe Melo foi cercado por jogadores do Peñarol assim que soou o apito final. Pressionado, ele tentou de desvencilhar do grupo e saiu em disparada pelo gramado, sendo perseguido pelos rivais. No meio da confusão, ele revidou e acertou um soco em Matias Mier, dando início à parte mais tensa e violenta do confronto, que só terminaria nos vestiários.

Imprensa repercute briga

O jornal espanhol Mundo Deportivo destacou que jogadores do Peñarol visavam especialmente Felipe Melo após a partida. A publicação apresentou comentários de Eduardo Baptista, afirmando que o Palmeiras teve de brigar para se defender, citando também os portões fechados, que impediram a entrada imediata dos atletas ao vestiário.

O jornal uruguaio El Observador acusa a torcida do Palmeiras de começar o incidente na arquibancada do estádio. A publicação uruguaia diz que torcedores alviverdes invadiram setor rival e agrediram torcedores do Peñarol. Os uruguaios revidaram com pedaços de madeira e materiais de plástico. 

Clarín (Argentina) – grande partida foi ofuscada por briga. Torcidas foram separadas por apenas uma grade, com poucos seguranças

Olé (Argentina) – os jogadores mostraram a pior cara do futebol

As (Espanha) – Lamentáveis incidentes podem resultar duras punições às duas equipes