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DNA ofensivo? Santos tenta driblar má fase com defesa improvável

David Braz e Lucas Veríssimo sofreram apenas dois gols em sete jogos - Divulgação/SantosFC
David Braz e Lucas Veríssimo sofreram apenas dois gols em sete jogos Imagem: Divulgação/SantosFC

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

28/04/2017 04h00

O Santos tem se valido de uma solução incomum em sua história para driblar a má fase na temporada, gerada por atuações inconstantes e a eliminação precoce no Campeonato Paulista.

Reconhecida pelo seu “DNA ofensivo”, a equipe do técnico Dorival Júnior tem como protagonista recente um paredão defensivo formado por dois nomes considerados improváveis até o início deste ano: Lucas Veríssimo e David Braz.

A derrota por 2 a 1 no clássico contra o Palmeiras, em 19 de março, na Vila Belmiro, foi a última partida em que o setor sofreu mais de um gol. Mais do que isso, foram só duas bolas na rede santista nos sete jogos seguintes e já são três confrontos seguidos sem sofrer gols.

Veríssimo e Braz não formam a defesa projetada por Dorival no início de temporada. O primeiro, por exemplo, terminou o último ano como quinta opção no setor, preterido até mesmo após as perdas de Luiz Felipe e Gustavo Henrique, que sofreram lesões ligamentares nos joelhos direito e esquerdo, respectivamente.

Na ocasião, o argentino Fabián Noguera, pouco aproveitado nesta temporada, foi o escolhido para jogar ao lado de David Braz.

Lucas Veríssimo havia recebido uma série de oportunidades no início do último ano, mas foi perdendo espaço. No amistoso diante do Benfica, de Portugal, que serviu para comemorar o centenário da Vila Belmiro, o camisa 28 cometeu dois pênaltis e acabou criticado. Braz, por sua vez, é considerado um dos principais líderes do elenco, mas virou reserva com a boa fase da dupla titular.

Começou a atual temporada em recuperação de lesão e viu a concorrência aumentar com a chegada de Cleber, que custou R$ 7,3 milhões do Hamburgo, da Alemanha. Ao lado de Cleber, Dorival desejava implementar a escalação de um volante atuando como zagueiro. Fez isso com Yuri e idealizou para Leandro Donizete, mas a tática não funcionou.

A equipe foi vazada diante do modesto Kenitra, do Marrocos, no primeiro jogo na temporada, e sofreu seis gols nas partidas seguintes: dois diante do Linense, dois contra o Red Bull Brasil e três no clássico com o São Paulo. O período da boa fase defensiva também conta com o retorno do goleiro Vanderlei ao gol santista. Enquanto estava fora, também por lesão, ele foi substituído por Vladimir.

O técnico Dorival Júnior ainda tem dúvidas quanto a mais uma peça do setor, a lateral esquerda. Após perder Zeca, em recuperação de cirurgia no joelho esquerdo, já testou Jean Mota, Matheus Ribeiro e cogita escalar o colombiano Copete.

Veja o desempenho recente da defesa do Santos:

22/03/2017 – São Bento 0 x 2 Santos – Walter Ribeiro – Paulista
25/03/2017 – Santo André 0 x 1 Santos – Bruno José Daniel – Paulista
29/03/2017 – Santos 3 x 1 Novorizontino – Vila Belmiro – Paulista
01/04/2017 – Ponte Preta 1 x 0 Santos – Moisés Lucarelli – Paulista
10/04/2017 – Santos 1 x 0 Ponte Preta – Pacaembu – Paulista
19/04/2017 – Santa Fe 0 x 0 Santos – El Campín – Libertadores
26/04/2017 – Santos 2 x 0 Paysandu – Vila Belmiro – Copa do Brasil