Morte, tiros e pancadaria: clássico Ba-Vi está longe de ter paz em 2017

O mês começou com boas intenções para o principal clássico do futebol baiano. Em 10 de abril, no primeiro jogo entre Bahia e Vitória na temporada, 15% da torcida foi mista: tricolores e rubro-negros compartilhando o mesmo setor da arquibancada. Desde então, porém, a paz pretendida foi por ladeira abaixo, com três episódios de violência em três partidas disputadas.

Em 10 de abril, no Ba-Vi que fechou a primeira fase do Campeonato Baiano, um torcedor tricolor de 17 anos morreu baleado nas imediações da Fonte Nova uma hora após a partida; um membro de organizada rubro-negra foi preso pelo crime.

Já na semana passada, depois da primeira partida da semifinal da Copa do Nordeste, um carro que levava três jogadores do Vitória embora do estádio foi atacado com dois tiros, novamente após o jogo. A segunda bala perfurou dois vidros do veículo e passou entre os passageiros, mas não houve feridos.

E neste último domingo (30), no segundo jogo da semi da Copa do Nordeste, uma pancadaria entre os próprios jogadores ocorreu após o apito final. Atletas dos dois times trocaram agressões na entrada do túnel que dá acesso aos vestiários. Na súmula, o árbitro afirmou que não foi possível detectar quem iniciou a confusão.

A morte do torcedor do Bahia após o primeiro clássico já fez com que o projeto da torcida mista fosse abolido nas duas últimas partidas, que foram disputadas com torcida única: o jogo de ida da semifinal, no Barradão, só teve rubro-negros, enquanto a volta, na Fonte Nova, foi só com tricolores.

O clima tenso do clássico será posto à prova novamente nas finais do Campeonato Baiano, que acontecem já nesta semana, também com torcida única. O primeiro jogo, na Fonte Nova, está marcado para quarta-feira (3), e a finalíssima será jogada no Barradão no próximo domingo (7). As equipes também vão se encontrar mais duas vezes pela Série A do Brasileirão em 2017.