Como Rafinha superou início difícil para virar referência do Cruzeiro
Rafinha enfrentou obstáculos para se tornar figura incontestável no Cruzeiro. A readaptação ao futebol brasileiro, a falta de ritmo de jogo, a ausência de oportunidades com Paulo Bento, a séria lesão muscular e, por fim, a chegada de um forte concorrente para a sua posição. No entanto, tudo isso foi superado e, hoje, o jogador goza da titularidade na equipe.
Contratado após passagem pelo Al-Shabab, da Arábia Saudita, o meia-atacante teve um início de trajetória complicado na Toca da Raposa II. Antes de chegar à capital mineira, ele ficou sem uma rotina de treinamentos por dois meses. A falta de ritmo de jogo e a necessidade de readaptação ao país natal, onde não jogava desde 2013, fizeram com que ele se ausentasse das relações de Paulo Bento, técnico do clube à época.
O que mudou a vida de Rafinha no Cruzeiro foram a saída do treinador português e a chegada imediata de Mano Menezes. A estreia do atleta, inclusive, foi com o comandante gaúcho, em 28 de agosto de 2016, na vitória por 2 a 0 sobre o Santa Cruz, pelo Campeonato Brasileiro:
“O começo foi um pouco difícil para mim, porque estava há dois meses de férias, vindo da Arábia. Foram três anos jogando na Arábia, um futebol bem diferente do brasileiro. O time também não estava em um momento muito bom. Tive um pouco de dificuldade na readaptação”, disse ao UOL Esporte.
“Depois, com a chegada do Mano, as coisas foram melhorando, tive um pouco mais de oportunidade, um pouco mais de adaptação”, acrescentou.
Sob a batuta de Mano Menezes, Rafinha deslanchou. O meia-atacante participou de 21 partidas do Cruzeiro e se tornou titular absoluto. O bom momento, contudo, foi interrompido por uma lesão no músculo posterior da coxa esquerda, após a vitória sobre o Corinthians no Mineirão, pelas quartas de final da Copa do Brasil. O problema clínico permitiu que ele retornasse aos gramados somente nas últimas rodadas do Brasileirão.
Em 2017, o condicionamento físico melhorou. As preocupações, todavia, não cessaram. Pelo contrário. A chegada de Thiago Neves fez com que o atleta de 33 anos perdesse espaço no time titular nas rodadas iniciais. O dono da camisa 70 começou a temporada entre os suplentes e só recuperou a vaga entre os prediletos da comissão técnica com a lesão de Robinho, em 8 de março passado.
Desde a sua entrada no time, ele desempenhou funções distintas, mas é predominantemente escalado pelo lado esquerdo do ataque. Questionado sobre a sua preferência, o jogador não tergiversou:
“Eu tenho uma possibilidade de jogar no meio também. Mas a função que gosto mesmo é pelo lado do campo, pelo lado esquerdo ali. No futebol moderno é muito importante fazer uma segunda ou até terceira função. Eu procuro fazer o que o Mano me pede sempre”, comentou.
“Do meio para frente, eu joguei em várias funções, porque os estrangeiros acabaram não se adaptando. Até o Camilo que está no Botafogo, quando esteve no meu time da Arábia (Saudita, Al-Shabab), ficou mais fora e eu acabei fazendo um pouco da função dele”, acrescentou.
Neste domingo (7), Rafinha deve formar o setor ofensivo do Cruzeiro ao lado de Thiago Neves, Giorgian De Arrascaeta e Rafael Sóbis para enfrentar o Atlético-MG, pela partida decisiva do Campeonato Mineiro, no estádio Independência.
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