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Janot conclui que comprovantes de banco suíço ligados a Romário são falsos

Pedro Ladeira/Folhapress
Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

05/05/2017 15h17Atualizada em 05/05/2017 15h28

A Procuradoria-Geral da República concluiu que a revista Veja mentiu ao apontar suposta conta do senador Romário Faria com o banco BSI, da Suíça. Após investigação da PGR, o procurador-geral Rodrigo Janot comunicou que o Baixinho não possui qualquer ligação com o banco suíço, arquivando o processo.

Em julho de 2015, a Veja apresentou matéria destacando que Romário teria R$ 7,5 milhões no banco BSI, valor não declarado ao fisco. Em agosto daquele ano, a revista admitiu erro (confira abaixo)

 “Verifica-se, do trecho transcrito, que o BSI negou manter relacionamento bancário com Romário de Souza Faria, assim como informou que a conta corrente com o número mencionado na reportagem do semanário 'Veja’ não existe, assim como a cópia do extrato bancário publicada é falsa, pois não condiz com o layout adotado por aquela instituição financeira. Nesse sentido, não há elementos concretos de prova a subsidiar a suspeita inicial”, destacou Janot.

“O banco BSI, ao declarar a inexistência da conta corrente mencionada na reportagem, afasta a veracidade do conteúdo do extrato bancário publicado, demonstrando que os fatos delituosos imputados ao congressista são inverídicos”.

Nas redes sociais, Romário comentou a decisão apresentada pela PGR.

“Depois de dois anos, encerra-se aqui mais um longo capítulo dessas calúnias criminosas que inventam contra mim. Não só colocando em xeque a minha idoneidade, como me acusando de ter cometido crimes de evasão de divisas, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro”, destacou Romário.

“Nada do que o Ministério Público concluiu é novidade para mim, nem para muitos de vocês que receberam, não só minhas explicações, como o documento do banco já desmentindo a informação da Veja”.

Veja admitiu erro

Em agosto de 2015, a revista Veja se desculpou pela informação de que Romário teria conta na Suíça. De acordo com a publicação, eles usaram como base um documento falsificado, desconhecendo o autor da adulteração.

“O extrato em questão foi publicado como prova de que Romário era titular de uma conta bancária na Suíça com saldo equivalente a 7,5 milhões de reais. O comunicado do BSI não deixa dúvida sobre as adulterações no documento e pede às autoridades que investiguem a autoria da falsificação”.

Por ter publicado um documento falso como sendo verdadeiro, VEJA pede desculpas ao senador Romário e aos seus leitores”.