Resultados e torcida seduzem Dorival por mais jogos do Santos no Pacaembu
A vitória por 3 a 2 do Santos contra o Santa Fe-COL na última quinta-feira (04), que encaminhou a classificação da equipe para a segunda fase da Copa Libertadores da América, também representou uma aproximação definitiva do técnico Dorival Júnior com o estádio do Pacaembu.
O treinador e os jogadores deixaram o local seduzidos pela participação da torcida, considerada decisiva, e por mais uma vitória conquistada - a 19ª consecutiva, abrindo caminho para que o palco da capital seja mais utilizado no segundo semestre.
“A torcida do Santos deu show aqui dentro. Eles fizeram com que nós tivemos a entrega ao longo dos 90 minutos, nos carregaram no colo. Isso fez com que buscássemos o resultado até o último momento, mesmo com todas as dificuldades da partida”, disse o treinador. “O torcedor participando dessa maneira vai ajudar e muito na recuperação total da equipe”, completou.
Dorival já defendeu publicamente que o Santos deve atuar na Vila Belmiro e costuma evitar se pronunciar se aprova jogos no Pacaembu.
Logo em seu retorno, questionado se aceitaria jogar em outros estádio pela pouca presença de público na Vila afirmou: "eu jamais gostaria de sair daqui. Para mim, temos que jogar em casa, independentemente de público”.
O clube, no entanto, passa por um momento diferente nos dois palcos. No Pacaembu, construiu a maior série de vitórias consecutivas da história e tem alavancado público considerável. No último jogo, 29.798 torcedores para uma partida ainda pela fase de classificação.
A Vila, por sua vez, levou o Santos a tropeçar três vezes no ano: derrotas para São Paulo, Ferroviária e Palmeiras, além do baixo número torcedores e as constantes vaias. Os principais alvos são o próprio treinador e jogadores como o meio-campista Vitor Bueno, que marcou no Pacaembu e quebrou um jejum pessoal de cinco jogos.
“As coisas vão acontecer dentro de uma naturalidade naquilo que for definido pela diretoria. O que for o melhor, eles vão saber, pois conhecem a opinião de todos nós e, jogando aqui ou na Vila, o importante é que a equipe esteja viva, motivada e interessada na busca pelo resultado, que é o que tem acontecido”, explicou o treinador.
A ideia dos cartolas é terminar a temporada com cerca de 15 jogos disputados no Pacaembu como mandante. Até o momento já foram três (Kenitra, Ponte Preta e Santa Fe). O número triplicaria a participação do Santos em relação ao ano passado. Em 2016, foram seis jogos no estádio, sendo cinco deles como mandante.
Dorival já pediu para o presidente Modesto Roma negociar mais jogos no estádio municipal de São Paulo. Só fez uma ressalva: que os jogos decisivos permaneçam em Santos.
Há quem diga no clube que o projeto de triplicar os jogos no Pacaembu se limita a uma estratégia política de Modesto Roma, que concorre à reeleição em dezembro. O mandatário tenta se aproximar do associado em São Paulo para alavancar votos. Em 2014, quando venceu a eleição, ele teve apenas 35 votos dos sócios da capital. Modesto se tornou presidente do Santos com 1321 votos.
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