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Neto reencontra psicóloga e relembra ajuda em recuperação na Colômbia

Daniel Fasolin

Colaboração para o UOL, em Medellín (Colômbia)

09/05/2017 13h57

O zagueiro Neto reencontrou nesta terça (09) a psicóloga Liliana Estrada, profissional que ajudou em sua recuperação após a queda do avião com o elenco do time em novembro de 2016 e teve uma breve conversa com ela, quem estava presente no momento em que ele ficou sabendo da tragédia.

Os sobreviventes da tragédia com o avião da Lamia brasileiros estão em Medellín, na Colômbia, junto com o elenco da equipe, que atuará contra o Atlético Nacional pela final da Recopa Sul-Americana. O jornalista Rafael Henzel e os jogadores Alan Ruschel, Jackson Follmann e Neto falaram com profissionais que participaram do resgate no dia do acidente. 

Neto contou que sonhava em reencontrar Liliana pelo peso que a psicóloga teve em sua recuperação. “Eu falava que tinha que falar com a doutora, porque eu lembro dela falando que tudo ia ficar bem. A imagem sua falando que tudo ia ficar bem, vai dar certo. E eu falava. Como vai dar certo? Difícil. No dia que me falaram do acidente eu lembro de você chorando. Você tem que ir para o Brasil”, disse Neto a profissional sorridente.

A diretoria da Chapecoense e os sobreviventes da queda do avião em novembro estiveram nesta terça no hospital San Vicente, onde visitaram médicos que os atenderam e ajudaram em sua recuperação do acidente.

"Nós queremos agradecer tudo o que vocês fizeram pra gente aqui. Vocês são realmente anjos que chegaram nas nossas vidas e nos deixaram voltar aqui nessas condições", comentou Alan Ruschel. 

O jornalista Rafael Henzel deu suas impressões sobre sua primeira visita à Colômbia após a tragédia. “Claro que o principal que viemos fazer aqui é agradecer a vocês por todo o esforço que tiveram e também por toda atenção para com a gente. Nós estamos aqui porque vocês nos ajudaram, porque vocês se comprometeram com essa causa. Eu realmente me preocupei, pois eu não sou da Chapecoense, não sou um jogador nem mesmo faço parte do clube e eu pensei: ‘poxa, será que eles não vão ajudar os jogadores, que são o ativo do clube, e talvez me deixar pra depois?’”, disse.

“Mas vocês não estiveram aqui pela gente apenas como médicos, mas sim como uma família. Eu nunca tive medo de morrer, porque eu via e sentia tudo o que vocês estavam fazendo e nos ajudando”, completou.

Follmann reconhece profissionais pela voz

"Viemos aqui para poder olhar para as pessoas que nos salvaram e que se tornaram nossas amigas. Eu não reconheço muitos de vocês pelos rostos, mas pelas vozes, eu consigo reconhecer muitos de vocês. Ficamos muitos dias sem poder abrir os olhos e apenas escutando vocês. Então muito obrigado por tudo, vocês estarão sempre em nossos corações".