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Promessa do Palmeiras não embala no profissional e só joga no sub-20

Vitinho tem atuado pelo time sub-20 para não perder o ritmo de jogo - Cesar Greco/Ag. Palmeiras
Vitinho tem atuado pelo time sub-20 para não perder o ritmo de jogo Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

José Edgar de Matos

Do UOL, em São Paulo (SP)

23/05/2017 04h00

De destaque com golaço no primeiro amistoso do ano, ainda em janeiro, a treinamento para aperfeiçoamento de fundamentos, em maio. Vitinho iniciou o ano em alta e com moral com Eduardo Baptista. Quatro meses depois, a principal esperança atual da categoria de base palmeirense tem atuado pelo time sub-20 para se manter em ritmo de jogo.

O ano de 2017 se apresentava como o ano de afirmação do jogador na equipe profissional do Palmeiras. Nos treinamentos de pré-temporada e no amistoso contra a Chapecoense, quando anotou um belo gol de fora da área no empate por 2 a 2, Vitinho impressionou Eduardo Baptista, que trabalhava com o jovem jogador como uma opção imediata aos titulares.

“Vitinho é um jogador que vi jogar no ano passado, quando ainda estava na Ponte Preta. Ele foi jogar pela Copa do Brasil, em Campinas, e tinha arrebentado o jogo. Foi 3 a 0. Ali ele já me chamou atenção, e quando eu vim para cá já quis saber onde estava aquele menino”, dissera Eduardo Baptista ainda em janeiro.

O começo com Eduardo foi promissor. Além do gol anotado diante da Chapecoense, Vitinho ainda participou do amistoso contra a Ponte Preta. A revelação palmeirense figurou entre os inscritos para o Campeonato Paulista e Copa Libertadores ainda na primeira lista do antigo comandante.

Com o início das competições, entretanto, o meia de 19 anos perdeu espaço para atletas como Raphael Veiga e até Hyoran – este último acabou preterido pelo camisa 37 na primeira lista do Paulistão.

Vitinho gol Chapecoense Palmeiras - Cesar Greco/Fotoarena - Cesar Greco/Fotoarena
Vitinho começou o ano com um golaço no amistoso diante da Chapecoense
Imagem: Cesar Greco/Fotoarena

Sem espaço entre os profissionais, Vitinho deu um ‘passo atrás’ para seguir em ritmo de partida. O jogador tem atuado pela equipe sub-20 e voltou a vestir a 10 do time de base na Copa do Brasil da categoria – o meia-atacante representou o clube nos seis jogos pelo torneio (o Palmeiras acabou eliminado pelo Avaí nas quartas de final).

A queda do Palmeiras no torneio e a opção de Cuca no último fim de semana, quando levou uma equipe alternativa para o duelo contra a Chapecoense, fez Vitinho novamente figurar na equipe de cima; relacionado, viu do banco a derrota por 1 a 0 em Chapecó.

O retorno, no entanto, ainda surge como um novo recomeço. Na última segunda-feira, enquanto Cuca trabalhava titulares e reservas em um treinamento tático, Vitinho permaneceu em um campo anexo no qual realizou atividades de fundamentos – no caso, domínio e finalizações (com as duas pernas e também de cabeça).

O jovem jogador, tratado como uma das grandes promessas da Academia de Futebol nos últimos anos, agora busca recuperar o status do início do ano diante de um novo/velho comandante. Com Cuca, no ano passado, o camisa 37 atuou em quatro partidas – duas delas pelo Brasileirão (América-MG e Figueirense).

Empréstimo é visto como inviável

Segundo apuração do UOL Esporte com pessoas ligadas à diretoria, o Palmeiras prefere recorrer ao time de base do que repassar Vitinho a uma nova equipe, na qual o meia receberia mais minutos em partidas profissionais. Acompanhar o dia a dia do camisa 37 é visto como ‘mais interessante’.

O clube mantém a ideia de que o atleta possui alto valor de desenvolvimento e aposta em Vitinho para o futuro. Mesmo que a evolução, que surgiu de maneira precoce no início do ano, acabe atrasada.

O meia segue no elenco profissional, no qual o Palmeiras tem o objetivo de ceder pelo menos 45min em dez jogos para quatro atletas nesta temporada. No momento, além de Vitinho, Thiago Martins, Vinicius Silvestre, Daniel Fuzato e Matheus Iacovelli (que atuou contra a Chape por 14min) trabalham na equipe de cima.

O Palmeiras ainda procura no mercado a contratação de um atacante, mas não trata esta busca como prioridade. Dois nomes experientes (Rafael Marques e Alecsandro) saíram, e Cuca precisou, por exemplo, recorrer a Iacovelli em Chapecó.