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Vecchio diz que foi afastado por Dorival sem motivo e que deixaria o Santos

Vecchio diz que não compreende seu afastamento. Meia ficou nove meses sem jogar - Divulgação/SantosFC
Vecchio diz que não compreende seu afastamento. Meia ficou nove meses sem jogar Imagem: Divulgação/SantosFC

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

09/06/2017 16h21

O meia Emiliano Vecchio declarou que foi afastado “sem motivo” e por terceiros (Ceolin, que trabalha na logística do clube) no Santos. O meia ressaltou que Dorival Júnior tentou explicar a situação somente um mês após o ocorrido. O argentino ainda revelou que estava de saída para o Rosário Central-ARG nesta semana, mas tudo mudou após Elano assumir o time no lugar de Dorival e bancá-lo como titular contra o Botafogo.  

“Na sexta-feira, conversei com o Modesto Roma (presidente) e estava para sair ao Rosário. Reunião ficou para terça e assinar os papeis. Cheguei na segunda e o Elano me colocou. Não sei se é surpresa, trabalho para jogar, mas a palavra é agradecimento. Falei com ele, Marcelo (Fernandes) e Serginho (chulapa). Agradeci muito pela oportunidade e confiança”, explicou.

O argentino também confirmou que desistiu de ser emprestado ao Estudiantes após conversa com Dorival Júnior, como revelou o UOL Esporte na ocasião. Apesar de se animar, Vecchio foi preterido da lista de relacionados do Campeonato Paulista e depois afastado pela comissão técnica.

“Fizemos coletivo contra o Taubaté. Nesse momento, eu tinha tudo arrumado para ir para o Estudiantes. Tudo arrumado para o empréstimo. Uns dias antes, fizemos coletivo com o Kenitra e não fui relacionado. Fui falar com Dorival, com respeito, perguntando se eu ia ser levado em consideração. Falou que eu estava entre os três com melhor qualidade e que jogaria em todos os times do Brasil. Dois dias depois, fiquei fora do Paulistão. Decidi sair, e tava com dor no adutor, avisei o doutor e saí do treino. No dia seguinte, Ceolin chegou e falou na frente de mim e do Noguera que eu estava afastado, sem motivo. Dorival não falou pra mim. Falou um mês depois que eu não quis treinar naquele dia. Esse foi o motivo. Não entendi muito o que aconteceu”, afirmou Vecchio.

“Nunca faltei. Foi a melhor pré-temporada da minha vida, me sentia ótimo. Algumas coisas não são compreensíveis. Eu não busco explicação para o que aconteceu. Sei do meu trabalho e sei que fui sempre profissional”, completou.

Vecchio acredita que sua sinceridade pesou para que ele fosse afastado do elenco santista. O argentino chegou a treinar sozinho, sem profissionais do clube, e completou nove meses sem entrar em campo. O meia acredita que apenas um conversa entre ele e Dorival poderia resolver o caso, fato que não ocorreu neste período.

“Eu sou um cara que é branco e preto. Cinza não existe. Falo o que eu sinto. Pessoas não gostam disso. Eu quando estava no Catar, o clube me chamou e disse que o Dorival me queria. Eu deixei tudo e briguei até com a minha mulher para vir. E do dia para o outro, sem motivo, fiquei nove meses sem jogar. Chega no treino e sempre trabalhei e sorri. Nunca dei um problema. Podem falar com meus companheiros. Até quando pegava a bolinha e trabalhava sozinho. Ninguém me dava treino. Quase um ano sem jogar, fui prejudicado. Por algo que com um papo, poderia se solucionar. Mas está tudo bem. Um time tão grande. Os treinadores passam, jogadores passam, e tudo continua”, disse.

Vecchio ainda não sabe se será mantido no time para o duelo contra o Atlético-PR, neste domingo, em Curitiba. Isso porque o meia Lucas Lima está em fase final de recuperação de lesão muscular na coxa direita e treinou normalmente nesta sexta-feira, no CT Rei Pelé.