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Chapecoense escapa de punição pela confusão contra Cruzeiro

Quarto árbitro Evandro Tiago Bender sangra após ser atingido por objeto jogado por torcedor - SporTV/Reprodução
Quarto árbitro Evandro Tiago Bender sangra após ser atingido por objeto jogado por torcedor Imagem: SporTV/Reprodução

Daniel Fasolin

Colaboração para o UOL, em Chapecó (SC)

12/06/2017 16h41

A Chapecoense escapou de ter o estádio interditado em virtude de objetos atirados por sua torcida na partida contra o Cruzeiro, pelo jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil, em 1º de junho.

O time foi absolvido em julgamento do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) nesta segunda-feira por desordem, invasão do gramado por dirigentes e uma pilha arremessada. A equipe poderia perder até 10 mandos de jogos e sofrer uma multa de R$ 100 mil. Na ocasião, o quarto árbitro da partida deixou o gramado sangrando após ser atingido por objetos lançados pelos torcedores.

A defesa exibiu vídeos com imagens das agressões e mostrou o depoimento do agressor que arremessou o objeto ao campo. O torcedor disse estar arrependido da agressão e os advogados do time apresentaram também o boletim de ocorrência feito no dia do jogo.

O técnico Vagner Mancini também foi absolvido no julgamento. Ele respondia por invasão do gramado. Já o lateral Reinaldo foi suspenso por dois jogos por ofensas ao árbitro e o zagueiro Victor Ramos, que foi expulso no jogo, recebeu a punição de uma partida.

Reinaldo terá de cumprir a punição nas duas próximas rodadas do Campeonato Brasileiro, enquanto Victor Ramos terá de cumprir na próxima edição da Copa do Brasil, já que se trata de suspensão automática devido ao cartão vermelho recebido na partida.

Já pelo lado do Cruzeiro, o técnico Mano Menezes e o lateral Diego Barbosa foram absolvidos. O treinador foi julgado por atrapalhar a cobrança de um lateral de Reinaldo durante a partida, enquanto o lateral Diego Barbosa respondia por conduta imprópria.

A Chapecoense ainda teve dois dirigentes julgados: o diretor-executivo Rui Costa e o diretor João Carlos Maringá terão de cumprir 15 dias de suspensão, pena mínima prevista pela invasão ao campo de jogo e ofensas ao árbitro Péricles Bassols.

"A nossa defesa era baseada em não termos que cumprir suspensão em relação ao mando de campo e também a absolvição dos jogadores. Eu e Rui sabemos que não deveríamos ter invadido o campo, mas nos preocupávamos com a perda de mando e a suspensão dos atletas. O julgamento foi justo e tínhamos uma defesa muito boa montada", explicou Maringá.

Apesar do alívio com a sentença, o advogado Mario Bittencourt, da Chapecoense, disse que pretende recorrer. "Ficamos satisfeitos com a absolvição quanto a perda de mandos de campo e também a absolvição do Vagner Mancini. Com relação aos jogadores estamos avaliando a possibilidade de recurso e também do pedido de efeito suspensivo", disse em entrevista ao UOL Esporte.